quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Claymore クレイモア


Claymore é mais uma incursão de leituras minhas no mundo do Manga. Mais uma vez foi ocasional, visto que o meu maior problema com a BD oriunda do Japão é o desconhecimento gigantesco que eu tenho sobre o que é editado nesta zona do globo. Foi-me sugerida por um amigo, e resolvi ler online para experimentar. Comecei ler e quando dei por mim já tinham passado quatro horas de leitura à frente do PC, só a dor de cabeça me fez parar… O passo seguinte foi ver preços, e estes foram uma agradável surpresa! Estão quinze volumes editados em Inglês pela Viz Media (16 no Japão pela Shueisha), estando os últimos capítulos a sair na revista “Jump Square”.
Esta série tem como autor Norihiro Yagi. Este autor tem tido sucesso, sendo logo premiado na sua primeira obra, “Undeadman”. “Angel Densetsu” foi a obra seguinte sendo publicada no Japão durante oito anos, e agora falando de “Claymore”, esta é publicada desde 2001 com bastante sucesso. Usa todas as técnicas do Manga com bastante mestria (velocidade e pormenor misturado com simplicidade), obtendo algumas pranchas bastantes espectaculares sobretudo em páginas duplas.
A história vai-se reinventando ao longo destes quinze livros, não deixando o leitor cair na monotonia, sendo que a última reviravolta da narrativa irá fornecer um novo fôlego para novos desenvolvimento da história, ou seja… mais livros! Se o autor quiser, claro…
Claymore insere-se num registo de fantasia “negra”, em que existem monstros de várias classes, caçadores de monstros (também de várias classes) e os desgraçados dos humanos que são carne para canhão no meio desta guerra. Sabe-se que o espaço físico da narrativa é fechado (uma ilha) dividido em 47 regiões. Cada região tem uma defensora (Claymore) cujo “rank” dentro da organização é dado precisamente de 1 até 47. A personagem principal é exactamente a última… a nº47, Clare. Os monstros aparentam a forma humana para poderem circular entre estes, sendo apenas reconhecidos pelas Claymore. Estes monstros são famintos por entranhas humanas e quando nalguma povoação se dão ataques, as Claymore são pagas para eliminar estes monstros, os “Yoma”. As Claymore, chamadas assim por causa das longas e pesadas espadas que possuem para combater estes monstros, são criadas na “Organização” por um grupo de homens que lhes fornece as missões e recolhe o pagamento nas povoações… Estas raparigas possuem esta capacidade de detectar os “Yoma” precisamente porque em parte são monstros também, uma Claymore tem pedaços de “Yoma” dentro de si. Esta sua parte “monstruosa” dá-lhes também a força necessária para manejar as longas espadas e possuírem técnicas especiais de combate, mas existe um senão… por norma só podem usar até 80% da sua parte “Yoma”, a partir daí as transformações podem tornar-se irreversíveis. Quando isso acontece a Claymore em causa é eliminada, senão torna-se num ser muito poderoso, um "Awakened Being". Para eliminar um vulgar ser destes normalmente será necessário uma equipa de pelo menos quatro Claymore. Já agora… as Claymore são do sexo feminino porque no início ao utilizar-se homens para o efeito, estes descontrolavam-se muito facilmente com tanto poder tornando-se rapidamente "Awakened Beings". Quando estes eram Claymore de grande poder tornam-se nos super-poderosos “Seres Abissais”. Três destes seres dividem a ilha com a “Organização”…
Clare não é uma Claymore a 100%, porque não foi formada directamente com carne “Yoma”, apenas e para se poder vingar do "Awakened Being" que vitimou a sua mãe adoptiva pediu à organização para ter dentro de si a carne de Teresa, uma super-poderosa Claymore. Clare conhece Raki, um rapaz de aldeia que ficou sem família devido a um “Yoma”, e juntos seguem caminho fazendo as missões juntos. Numa destas missões esta Claymore esteve À beira de se tornar num "Awakened Being", mas com a ajuda de Raki consegue voltar ao normal… a “Organização” tudo sabe e tem muitos segredos e a maior partes destes bem tenebrosos, assim para se ver livre de Clare e outras quatro Claymore que tinham passado pelo mesmo, mandam-nas eliminar um "Awakened Being", que supostamente seria relativamente fraco… o que não era o caso. Não sabiam era que estas raparigas que ultrapassaram o limiar da sua força neste tipo de situação desenvolvem anormalmente os seus poderes normais. Assim este grupo vai participar em guerras sem quartel e de onde nunca deveriam sair vivas, para no final passarem a uma espécie de guerrilha contra a “Organização”. Para mais, a líder deste grupo, “Phantom” Miria, descobre o maior e mais escondido segredo da “Organização”. A partir daqui tudo pode acontecer… as maquinações da “Organização” são muitas vezes sabotadas por este grupo que se alia por vezes a "Awakened Beings" para levar avante as suas intenções!
Torna-se complicado dar a conhecer o mundo de Claymore sem estragar as surpresas que a narrativa nos traz, mas espero ter conseguido!
Tudo isto é rendilhado por arcos de história bastantes interessantes, fazendo a leitura desta série muito viciante. As reviravoltas são constantes, muitas maquinações bem escondidas, e os “bons” afinal não são assim tão bons, nem os “maus” são assim tão maus.


Sem ser uma BD de “encher o olho”, tem os seus momentos tanto na arte como nos textos, e é sobretudo…
VICIANTE!
:)
Boas leituras.

Tankobon
Criado por: Norihiro Yagi 八木 教広
Editado entre 2006 e 2009 por Viz Media
Nota: 8,5 em 10

7 comentários:

  1. História bem interessante e a arte embora no estilo já habitual nos mangás, está muito boa também... isto pelo que contas e mostras porque desconhecia totalmente.
    Já agora onde se pode ler online? ;)

    Outra coisa que me chamou a atenção foi a transformação se usarem o poder demais, fez-me lembrar da história da DarkChylde. Será que houve inspiração duma história na outra?

    Abraço. :)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Se leres vais ver que não tem nada a ver com Darkchyd. Eu pelo menos não vi nada de comum entre as duas séries. (tenho Darkchyld também!)
    :P
    Podes ler on-line aqui:

    http://www.onemanga.com/Claymore/

    Lê tudo de seguida, sem passar à frente, pois muitos pormenores vão sendo semeados aos poucos por toda a série. Esta vai subindo lentamente de intensidade (com bastantes "flasbacks" importantes pelo meio) até ao último livro que está editado, o nº15. No últimos são feitas revelações importantes, mas para os perceberes terás de ler tudo o que está para trás. A isto eu chamo uma estória bem estruturada.
    :)

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  4. O QUÊ!!!!
    Estiveste a ler online... não acredito!! Pensava que abominavas este tipo de leitura... ai,ai,ai :D.
    Estou a brincar Bongop, já sabes que eu leio muito online e por isso não estranho. É uma boa maneira de averiguar a qualidade dos livros antes de comprar.

    Quanto ao Claymore, a história é interessante mas não é tão espectacular quanto o Biomega, este sim um mangá de "nova geração" com um texto brutal e uma arte de outro mundo... aconselho-te a leres Biomega (online ;D) e depois diz-me se não tenho razão.

    Um abraço.

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  5. Luca
    Não preciso de ler Biomega on-line, já me foi recomendado por um "expert" em manga. Está em wishlit... mas ainda não tem livros editados!
    :P

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  6. A dor de cabeça após as quatro horas não foi provocada pela tua jove, que queria utilizar o PC?

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  7. Boa sugestão, tenhod e dar uma olhada.

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Bongadas

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