segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Absolute Promethea Vol.1


A 9ª arte tem por vezes os seus grandes momentos, e Alan Moore tem aqui mais um! Promethea é uma extraordinária obra, em que o já muito conhecido e referenciado Alan Moore (V for Vendetta, Swamp Thing, Watchmen, Albion, The League of Extraordinary Gentlemen, Lost Girls, etc., etc….) escreve, planifica e faz o cenário para uma excelente prestação artística de J. H. Williams III (X-Men, Deathwish, Batman, Batwoman, Seven Soldiers of Victory, Justice League of America, Green Lantern, Starman, etc., etc…). Na minha opinião é a obra de Moore mais bem equilibrada entre o texto/estória e a arte apresentada. Para além disso é uma obra positiva, Moore aqui não é tão negro como o seu registo típico.
Passou a ser a minha obra preferida de Moore, e ainda só vou no primeiro volume (que contem as duas primeiras compilações da série).
Promethea está editada e finalizada em cinco volumes, tanto em capa dura como no formato TPB e em 32 revistas (comics), surgindo agora a versão de luxo em formato “Absolute”, e que edição… era merecida mesmo!
O livro começa com a origem de Promethea, e aqui Alan Moore demonstra o quanto gosta da Igreja Católica com a assassinato do pai da pequena criança, perpetrado por religiosos fanáticos na sua luta contra tudo o que não professasse a fé cristã. Aqui começa uma aventura que toca a magia, a imaginação pura, a incessante procura do “eu”, e tudo isto rodeado por grandes doses de fantasia e ficção-científica. É um mundo paralelo, aquele em que Promethea “vive”, e na sua busca pelo conhecimento das suas antecessoras acaba por se tocar com o nosso. Nesse arco, em que Promethea vem à nossa dimensão, a solução foi magnífica: toda acção se possa em fotografia para mostrar o nosso mundo real.
Promethea é mais que uma estória, passo a explicar, Promethea é uma experiência única sobre experiência, sentimentos e aprendizagem. As incríveis páginas duplas de J. H. Williams III estão impregnadas de simbolismo, e esqueçam as ideias pré-concebidas sobre a vida… sonhem com Promethea! Ela habita na nossa imaginação!
Sophie Bangs foi escolhida para ser a última incarnação de Promethea e está a aprender depressa. Aprende a viajar para o seu mundo extra-dimensional, combate demónios e traz consigo o apocalipse. Tem muitos inimigos neste mundo e no outro, mas as anteriores incarnações desta deusa do mundo da imaginação ajudam-na a compreender as funções e poderes dela em viagens de incrível imaginação.
Vou repetir, é a viagem mais fantástica e alucinante que Alan Moore já imaginou, e com uma arte espectacular de J. H. Williams III.
Aconselho vivamente.
Boas leituras!

Slipcased Hardcover
Criado por: Alan Moore e J. H. Williams III
Editado em 2009 por American Best Comics
Nota : 12 em 10

27 comentários:

  1. Pura e simplesmente uma obra-prima magistral. Já a li toda. Absolutamente recomendável.

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  2. Olá Bongop!!
    Como bem sabes, não sou um grande fã do Alan Moore, mas a tua análise tão apaixonada de Promethea, deixou-me para lá de curioso!! E como gosto da arte do J.H., junto o útil ao agradável :).

    Um abraço.

    P.S.- Pois é... estou de volta!!

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  3. Eu gosto bastante do Moore num registo menos fatalista, ou sério, ou lá o que quiserem lhe chamar. Gostei bastante da Promethea e também sou um fã do Tom Strong (que não têm nada a ver um com o outro, é verdade). O segundo volume já está encomendado; vamos é ter que esperar até ao fim do ano.

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  4. Comprei em single issues até uma determinada altura... principalmente por causa da arte. O conceito é demasiado "psicadélico" para mim... Do conjunto de trabalhos do Alan Moore nesta altura, o Top Ten foi o meu favorito, logo seguido do Tom Strong (apesar de não ter uma qualidade contínua).

    Aproveito para deixar aqui um artigo interessante, principalmente para quem gosta de comics:
    http://www.oddee.com/item_96960.aspx

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  5. e bom ouvir isso, smp q faço as coisas fora d nrmal tnto sempre incutir alguma beleza para q n fiqem .. bem dmasiado estranhas :b nunca lii, relamnt dvia.me ligar mais a banda dsnhada q ate curto do modo d dsnho *.*

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  6. Como fã do Alan Moore, geralmente leio tudo o que tenha a assinatura dele mas esta obra passou-me ao lado. :(

    Embora pela tua descrição, agora tenho mesmo que ler. Lol

    Abraço. :)

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  7. Já o tenho cá em casa foi uma das prendas de Natal :P

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  8. Ora aí está uma obra escrita pelo Moore que eu desconhecia. E o pior é que até gostei bastante daquilo que vi, sobretudo a nível do desenho. Porque sobre a imaginação do Moore, não há palavras que descrevam o seu talento!. Onde é que se pode arranjar a tal versão completa? Já agora, aproveito para te lembrar, para me enviares um mail com uma morada. Até pode ser um apartado, se tiveres, para eu te mandar o que prometi.

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  9. Vi uma foto do Alan Moore. O homem tem o físico de um Rasputine depois de tomar uma dose de LSD estragada. Só de olhar para o espelho fica inspirado.
    Abraço

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  10. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  11. Sam
    Concordo em absolutamente!
    ;)

    Luca
    Ainda bem que ficaste curioso! A obra é excelente.

    Dinis
    Toda a concepção das pranchas é excepcional, com muitos significados "escondidos" e alusões a factos e teorias em que se tem de ter algum conhecimento sobre o assunto.
    Como não compro revistas não sei como saiu, mas esta edição é simplesmente muito boa!
    :)

    Ronson
    Claro que devias ler mais BD !
    :D

    OCP
    Passou-te ao lado!!!?
    Então faz uma busca e logo verás!
    ;)

    looT
    Boa prenda essa!
    :D

    João Amaral
    Como eu disse no post, acho esta obra a mais equilibrada entre desenho/texto em que participou Alan Moore. Sem menosprezo pelos outros desenhadores que participaram em livros com este escritor, este é o melhor a nível de desenho. Minha opinião!
    Hoje de manhã mandei-te um mail!
    :)

    Gio
    O tipo parece um "homem das Cavernas"! Ahahaha
    :D

    estou a ser atacado com uma certa frequência por "spam", como tal vou ter que por aquelas "letrinhas" chatas!

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  12. Eu tenho receio de ler o Moore no original devido a complexidade da sua escrita,o ST prova isso para mim.

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  13. Saiu já a colecção completa quer em TPB quer em Hardcover, tamanho normal de "comic". É só procurar numa Amazon, por ex.

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  14. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  15. Manuel Frederico
    Bem vindo aqui ao blog!
    Este livro é complexo, mas lê-se bastante bem! É uma questão de treino.
    :D

    Sam
    Exctamente (esqueci-me de responder a essa questão ao João Amaral)
    :(

    João Amaral
    Esta versão encontrarás no Amazon, no Book Depository, ou podes encomendar em qualquer loja da especialidade portuguesa.
    :)

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  16. "Este livro é complexo, mas lê-se bastante bem! É uma questão de treino."

    Obrigado pelas boas vindas lolo
    Continuo na minha MOORE tenho receio de ler no original,bastou-me ler a Anatomy Lesson perceber isso,é uma escrita muito complexa para mim,eu consigo ler só que demora o dobro do tempo de um Bendis,Whedon,Millar,Morrison,etc,etc

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  17. Frederico
    Sempre houve livros mais difíceis de ler que outros! Experimenta Silver Surfer dos tempos iniciais... isso é que é difícil! LoL
    É uma questão de habituação, mas se não tentares vais perder algumas grandes obras da BD mundial.

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  18. Queria tanto esse! lol Desculpa a ausência.... agora voltei de vez, até o blog :)

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  19. ahh... estou à espera do 3 volume, mas a melhor obra de Moore para mim é claramente "From Hell" que marca um ponto de viragem na vida dele (quando decide tornar-se um mágico).
    cmps,

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  20. Leonor
    Estou a gostar bastante deste Promethea! Decididamente é a obra mais equilibrada entre os textos de Moore e a arte apresentada! Não que ele não tivesse já feito estórias melhores, claro...
    ;)

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  21. Gustavo diz:

    Depois de mencionar Promethea noutro comentário, tive de passar por este...

    Concordo que o JH Williams é dono de um talento fenomenal (e concordo contigo), mas convém não esquecer que o V for Vendetta (no seu tempo e na versão original a p&b) e o From Hell (principalmente este) também exibem uma arte de qualidade. Se bem que menos espectacular é, digamos, arte ao serviço da narrativa. Continuo a colocar esses livros à frente de Promethea, nas minhas preferências... mas eu mamo tudo do Mestre Moore (e quase tudo com agrado - não li Lost Girls, Tom Strong e algumas outras coisitas).

    Promethea tenho completa, parte em TPB e os primeiros 12 comics adquiridos ao Enanenes... lembras-te desse desaparecido, da CentralComics?

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  22. Gustavo
    Eu tenho muitos livros do Moore, e sinceramente este é o que mais me deslumbrou artisticamente. Não é que outros não exibam qualidade, mas graficamente acho que mete quase todos no chinelo! Exceptuo alguns números do Swampthing que têm uma arte fenomenal.
    ;)

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  23. Gustavo diz e agradece:

    Nuno, li todas as tuas respostas aos meus últimos comentários e concordo.
    Por acaso andei a ler Swampthing nas últimas semanas e aí, pese embora não seja uma constante, os argumentos do Moore são absolutamente geniais, levando em conta a época.
    A arte em Swampthing, admito, não me fascina (tenho os primeiros 4 TPB), mas aquele papel também não ajuda.
    Funciono muito por ciclos (constato com o passar dos anos) e parece-me que está na altura de voltar à BD.
    Obrigado pelo teu trabalho neste blogue, que me permite manter-me a par do que de melhor se vem fazendo (e também é através do LBD que visito outros blogues).

    Abraço
    G.

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  24. Gustavo
    Qual é a edição Swamp Thing que tens?
    Estou a fazer a colecção desta personagem numa edição especial apenas com a run do Moore em capa dura. O papel é bastante melhor que os dos TPB, mas mesmo assim para uma edição deluxe deixa muito a desejar...

    http://bongop-leituras-bd.blogspot.pt/2010/06/saga-of-swamp-thing-book-two.html

    Eu tenho 4 volumes, mas acho que já vai no 5 ou no 6...
    :D

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  25. Gustavo diz:

    Nuno, tenho os vulgares TBP da Vertigo com a run do Moore, também apenas os 4 primeiros volumes... talvez venha a comprar os que faltam, numa encomenda futura.

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  26. Gustavo
    Acho que a diferença, se é a mesma colecção, está apenas na grossura do papel. Penso que o papel dos HCs é apenas mais grosso, embora o tipo de papel seja o mesmo...
    :\

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