
Primeiro ponto, foi a ler Tintin que eu entrei na BD com 7 anos.
Segundo ponto, embora gostasse bastante das aventuras de Tintin na altura, este não era o meu preferido.
Terceiro ponto, este Tintin no Congo nunca foi dos meus preferidos da série.
Existem razões para isso, a obra data de 1931 ( e já lá vão 80 anos), e foi a segunda da série. O primeiro volume foi Tintin no País dos Sovietes, mas este volume já apresenta bastantes melhorias em relação ao primeiro. Ao fim e ao cabo é este volume que eu considero o pontapé de saída para esta série histórica da Banda Desenhada europeia, fazendo escola e criando definitivamente a chamada “linha clara”. Estão editados até à data pela ASA os seguintes volumes:

1 Tintin no País dos Sovietes
2 Tintin no Congo
3 Tintin na América
4 O Charutos do Faraó
5 O Lótus Azul
6 A Orelha Quebrada
7 A Ilha Negra
8 O Ceptro de Ottokar
9 O Caranguejo das Tenazes de Ouro
10 A Estrela Misteriosa
11 O Segredo do Licorne
12 O Tesouro de Rackham, O Terrível
13 As 7 Bolas de Cristal
14 O Templo do Sol
15 Tintin no País do Ouro Negro
Como o próprio Hergé (George Remi) disse, esta é uma obra muito naif feita à luz dos estereótipos da época. E é, por isso mesmo, uma obra muito ingénua com uma linha de estória muito simples contando uma aventura em África com uma intriga bastante simples e muitas caçadas à mistura.
Assim Tintin parte em direcção ao Congo a bordo de um navio, onde já aparece o vilão principal da estória. No Congo toma contacto com algumas tribos indígenas onde é feito rei e herói, passando por algumas caçadas mas tudo muito desgarrado. No final faz a ligação para próxima aventura: Tintin na América.
Apesar disto tudo o livro lê-se perfeitamente bem, se o lermos à luz da mentalidade da época.
Neste momento existe a edição da ASA à venda, que veio substituir as da Difusão Verbo que manteve os direitos da série por muitos e muitos anos. Existem diferenças en

Em relação ao congolês que queria fama (e já a obteve), o Sr. Bienvenu Mbutu Mondondo (que deve ser um radical da cor), pôs esta obra de Hergé nos tribunais Belgas provando a toda a gente que as leis funcionam (bem demais) na Europa. Sim, porque pôr o Tintin em tribunal naquela zona da Europa é um feito, visto que a criação de Hergé é um verdadeiro ícone na Bélgica e em França. Assim um emigrante no país que o acolheu para estudar, provavelmente com alguns subsídios à mistura, em vez de trabalhar para acabar com a barbárie e atropelo dos direitos humanos no seu próprio país, diverte-se aqui na Europa a colocar pedaços da nossa História e cultura em tribunal… meus amigos… era um chuto no cu que só parava no Congo!
Nenhuma criança irá tornar-se racista por causa do Tintin no Congo, aliás, acho que o efeito é exactamente o oposto do pretendido… Espero que ele ponha em tribunal toda a literatura da época, em que o espaço de acção era África. Sim porque era assim que os africanos eram vistos na Europa (ou bastante pior…). Aliás, quando isto aconteceu na Grã-Bretanha (também uma associação anti-racismo) o livro disparou para os tops de vendas como nunca tinha acontecido! São inteligentes… hã???
Acho que a Europa se tem que começar a blindar contra este tipo de ingerência.
Minha opinião!
Muito pessoal.
Talvez seja só eu!
Ou não…

À direita versão ASA, à esquerda versão Verbo.
Boas leituras!
Hardcover
Criado por Hergé
Editado em 2010 pela ASA
Nota : 6 em 10
PS: Como poderão verificar no link em baixo, o congolês estudante em Bruxelas fechou a sua caixa de mail no LinkedIn... porque será???
LinkedIn Bienvenu MBUTU MONDONDO