segunda-feira, 19 de novembro de 2012

23º Amadora BD: Considerações Finais e Fotos de Alguns Autores Presentes


O Amadora BD despediu-se do público o fim de semana passado, com a promessa de que para o ano teremos o 24º. Nestas alturas de crise profunda é bom saber que este festival irá prevalecer, pelo menos em 2013.

Este ano o público esteve presente, não com grandes enchentes, mas estava composto ao contrário de há dois anos. Claro que este público se divide sempre em duas partes: os aficcionados da BD, e os residentes do conselho que lá vão passear, ver as exposições, comer pipocas e ocasionalmente comprar um livro.

Dando um salto para a parte comercial... parece que este ano não esteve mal pelo que eu ouvi de alguns logistas. Apesar da afluência do público ficar longe de alguns anos, parece que este ano os visitantes ocasionais resolveram comprar alguns livros. É bom, e eu gosto!

Já falei das exposições noutros posts, mas vou frisar. São o grande cartão de visita deste festival. Cuidadas, interessantes e com muito bom gosto nos cenários envolventes.
Sem desprimor para as restantes, gostava de salientar algumas: 50 Anos do Homem-Aranha, Victor Mesquita, Paulo Monteiro, Cyril Pedrosa e Zep.

Em relação aos autores. Bom... houve os simpáticos, os "assim-assim", os que enfim... havia outros completamente desajustados, mas disso eu já falo mais à frente.
Relativamente aos autores estrangeiros quero saliantar a simpatia e profissionalismo de Mike Deodato, Cyril Pedrosa, Sama e Zep. Foram fantásticos! Quanto aos autores portugueses não tenho razão de queixa nenhuma, sempre simpáticos e prestávais para além de profissionalismo na altura do sketch.

O layout do festival continua sem inovação, é o mesmo do ano passado (e acho que igual há 2 anos também), o figurino de programação é mais do mesmo e a zona comercial continua a ser o "parente pobre" do festival.

Custa-me falar repetidamente sobre isto, mas é incompreensível que as lojas continuem num "guetto", quase invisíveis e este ano pareceu-me com menos espaço. A BD para subsistir tem de vender! Há que equilibrar o festival, não podemos pensar apenas em exposições! As lojas tem de estar bem à vista dos visitantes, como é lógico.

Outra coisa que facilmente podia modificar favoravelmente o piso de baixo, seria virar a entrada da zona de autógrafos 90º, de modo a ficar virada para o corredor e zona comercial. Já tinha dado esta ideia o ano passado, mas...

Relativamente a autores tenho a dizer o seguinte: a direcção do Amadora BD tem de explicar muito bem aos autores que não têm livros publicados em Portugal que as pessoas não são obrigadas a comprar um livro numa língua que não percebem para poder obter um autógrafo, portanto terão de fazer o trabalho numa folha. Custa um bocado a um visitante estar numa fila para quando chega a vez dele, estar um autor maldisposto a "ranhosar" numa folha. Se não tem livros publicados cá... aguente-se e seja profissional. Se não quer, não venha. Esta é a minha opinião, e o exemplo deste ano foi o "estrelo" Baudoin. No Sábado foi vergonhoso o que ele fez para quem não tinha livro. Eu dei o meu sketch, para rabisco já bastam os meus... infelizmente o tipo estragou-me uma folha cara.


Depois temos os autores de que eu tenho pena. Não sabem a língua, não têm trabalhos publidados por cá e não são conhecidos do público. Deveria haver um acompanhamento a estes autores de modo a que a situação quase humilhante de estar 3 horas ali sem uma única pessoa para pedir um autógrafo... tive mesmo pena de um polaco (acho que era polaco) que já não me lembro o nome, estive ali a olhar, a olhar... aolhar! Meteu-me pena sim!
Já agora, para quem não saiba os nomes dos autores que estão nestas fotos, basta colocar o rato em cima da foto e surge a identificação do artista. As fotos de hoje são dos artistas que ainda não tinham sido apresentados fotograficamente nos vários posts já feitos sobre este evento.

Já agora e para finalizar, aqui o "elitista" vai dizer outra vez: o piso de baixo não tem condições acústicas para "performances" musicais com o volume acima de determinado ponto! Ponham o pessoal que canta ou toca à entrada do festival!

O balanço final, para mim acaba por ser positivo. Tivemos acesso a coisas muito boas este ano! As partes negativas não se sobrepuseram às positivas, e ainda bem.
Haverá outros pontos de vista, que irão diferir muito do meu, também porque vêem o festival de um àngulo diferente. Logistas, colaboradores, autores... todos eles obrigatoriamente terão outro ponto de vista. O meu foi o do vulgar visitante que adora BD.
Mas esses que digam de sua justiça!



















O Leituras de BD vai voltar à programação normal!

Boas leituras

56 comentários:

  1. Sessões de autógrafos, como o nome indica é para dar autógrafos ao leitores nas obras publicadas, não é sessão de desenho livre.

    O que não faz muito sentido é trazer autores que não tem obra publicada cá, em particular se isso não é feito em conjunto com um loja que garante existirem exemplares da obra do autor para venda.

    O problema não é os autores, é mesmo um questão de (des)organização.

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  2. Eu já disse e repito: Se o autor não tem nada publicado em português (e alguns como o Justin Green têm uma obra que é difícil de encontrar em QUALQUER língua!), deveria ser OBRIGAÇÃO do festival publicar ALGUMA COISA deles!

    Pode ser uma história curta. Façam 100 exemplares e vendam junto com o catálogo que tem apelo muito limitado mas eles insistem em publicar todos os anos...

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  3. Se os autores estrangeiros não têm nada publicado em português então a organização do festival deveria ter os seus álbuns à venda no Festival. Era simples e divulgavam a obras dos autores que convidam.
    E Nuno, concordo com o Chaka, quando um autor dá um autografo deverá ser numa obra sua, ficando a possibilidade de um segundo desenho numa outra folha. Mas neste caso especifico em que não havia BD’s de todos os autores para venda, compreendo o teu ponto de vista.

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  4. Também concordo com o Chaka e o André. Deve ser muito chato para um autor passar uma tarde a fazer rascunhos e a dar autografos em folhas brancas e ninguem aparecer com um dos seus livros. Quem lá vai pedir não tem culpa se alguns autores não estiverem bem dispostos, mas acho que os autores também não.

    Em relação ao festival, acho que concordo com quase tudo o que foi dito aqui, especialmente com; - o grande forte deste festival foram as exposições e as salas das mesmas, não achei muita piada a haver musica no piso de cima (pois ninguém há-de lêr com um minimo de atenção os trabalhos expostos), e também concordo que devia haver mais brio no espaço dedicado às vendas. De resto, já tudo foi mais ou menos falado.

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  5. Caro Elitista, sinto até um aperto no coração por ler a matéria final da cobertura da Amadora BD, eu me senti um pouco lá com suas fotos das exposições do Victor Mesquita, Paulo Monteiro, Cyril Pedrosa e Zep. Além da sua cobertura soberba e por que não dizer...Elitista de todo evento. Parabéns ao Leituras de BD e à todos os envolvidos!

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  6. Chaka Sidyn
    Eu também concordo contigo. A culpa não é dos autores, é de quem os traz nestas condições. Depois dá confusão da grossa como aconteceu há 3 anos com uns autores polacos...
    :\

    Hunter
    Acho muito difícil essa solução, embora ache correcta, aliás, era preferível em vez do catálogo uma publicação com pequenas histórias dos autores não traduzidos. Assim em vez do prejuízo do catálogo eram capazes de ter algum lucro com esse tipo de publicação... mas era muito "à frente"...
    :P

    Luís Sanches
    Eu não sou adepto da folha branca.
    O que já me aconteceu foi que o sketch feito no livro ter ficado uma porcaria e "estragar" o livro. Por isso, e quando posso, apresento o livro para assinar e peço o sketch no meu maravilhoso sketchbook.
    Agora quando eles aparecem ali sem obra publicada... o que é que se faz? Esta é a pergunta! Os mais famosos ainda têm fila, agora acho humilhante para um autor ficar ali durante horas sem ter uma única pessoa para dar um autógrafo. Como mais uma vez aconteceu no 2º fds com um autor que apareceu de paraquedas vindo da Polónia (acho eu). No Domingo já teve algum trabalho, mas Sábado... que vergonha... acho que a organização devia olhar bem para este assunto.
    Penso eu...
    :|

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  8. Venerável Victor
    Pela parte que toca ao Elitista... obrigado!
    :D

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  9. O Chaka, o Hunter e o André têm razão nas suas observações supra.
    Já a Cenbtral Comics dá bordoada de feever num artigo/crónica que se intitula "O AmadoraBD e o estado deplorável da banda desenhada em Portugal".
    Eh, pá! Eu, ao longe, também sou bordoado e ostracizado, mas calo-me.
    Em tempos, estive para organizar um certame deste género, uma vez que disporia até 35 mil euros para o fazer, uma vez que presidia a uma empresa municipal de espectro cultural e na esfera do município onde resido; no entanto, alguém me alertou que era precisa uma verba bem maior e eu desisti, até porque, fora do esquema, teria de me socorrer de técnicos e assessores capazes de conseguirem esse desiderato.
    Pelo que vejo e leio, andei bem em esquecer o assunto. Para levar bordoada rija, bem me basta ser autor.

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  10. Santos Costa
    Sem falar neste ano, o festival de Beja acho que tinha um orçamento à volta dos números que falas e fazia um belo festival. Claro que tem a "máquina camarária" por trás. Portanto 35.000€ é um bom número! Aliás, o Anicomics não sei se chega aos 5.000€... e é com dinheiros privados.
    ;)
    Quanto a mim, se calhar este afinal não vai ser o último post sobre o Amadora BD... hoje descobri uma cena que me ficou atravessada na garganta, comi o pequeno almoço e mesmo assim a desgraçada da espinha continuou atravessada na garganta. Tenho de pensar, se calhar fico-me por um mail para o sítio correcto.
    >:(

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  11. Bem, não é que tenha nada de diferente para dizer, mas é mais para concordar :-).

    Há certas coisas no país e no Amadora BD que me provocam, mais que estranheza, espanto e estupefacção! No país, existem inúmeras vozes que alertam que estamos a dar o passo em frente que faltava para cair no abismo, e quem governa parece que não ouve, não se importa, ou simplesmente não quer dar o braço a torcer. No Amadora BD, a situação é um pouco semelhante. A questão da zona comercial estar confinada a um espaço minúsculo, já foi referida, várias vezes, por várias pessoas, inclusive por pessoas dentro da organização, que concordam que não faz sentido aquilo estar ali "encafuado". Seria facílimo, pelo menos, ter aquilo aberto! Porque é que não se resolve?!

    A questão da obra dos autores. Aqui, na minha opinião, passaria por uma coordenação entre o Amadora BD e os livreiros presentes. Não sei se seria fácil, vejo alguns problemas, e talvez até já seja feito, mas assim que há a confirmação de que determinado autor irá estar presente, os livreiros deveriam ser informados para poderem adquirir livros desses autores. E, indo um passo mais à frente na utopia, o ideal seria os livreiros responderem para o Amadora BD: "vou ter obras deste autor na minha banca". Para os autores que não houvesse interesse dos livreiros em investir, deveria ser o Amadora BD a ter a tal banquinha com os livros para venda. E porque não? Quem comprasse, teria direito ao autógrafo :-). O Justin Green que o Hunter mencionou, é um exemplo do absurdo que é ter um autor que, fiquei a saber neste Amadora BD, é um pioneiro do tipo de BD do tema principal do festival, e não haver livros deste homem à venda!! Eu comprei um edição do Binky Brown (por sinal é uma edição fantástica), a 22 de Outubro...mas só chegou a semana passada, portanto um pouco depois do que eu a queria...No entanto, se estivesse à venda, tenho a certeza que se tinham vendido alguns, sendo o objecto em si muito chamativo, o significado da obra e o autor estar presente.

    Relativamente às exposições, de facto, continuam num alto nível. É um prazer estar numa sala a contemplar o trabalho dos autores, imersos nos ambientes que os cenógrafos associam às exposições. Destaco a cenografia e exposições do Aranha, Paulo Monteiro, Zep, Cyril e Vitor Mesquita.

    Enfim, o AmadoraBD continua a ser o maior festival de BD de Portugal, por isso, assim haja saúde, para o ano lá estaremos outra vez :-)

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  12. O AniComics foi feito com pouco mais de 8.000EUR, Nuno; integralmente pago, e felizmente rentabilizados, do meu bolso. Por isso, Santos Costa, 35.000EUR era um belíssimo valor para se fazer um óptimo festival de média dimensão.

    Quanto ao "estado deplorável da BD em Portugal" que essas criaturas da central comics assinam e apregoam, apetecia-me dar forma física à "BD em Portugal" e escrever um artigo intitulado "O estado deplorável da Central Comics". E se fossem à merda, não?

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  13. Houve um tempo em que o Central Comics era bom, mas eu hoje tenho de ir ao blog do Nuno para saber das novidades na BD portuguesa...

    Os livreiros são avisados dos convidados com a mesma antecedência que o público, ou seja, mínima. Não ajuda. A Dr. Kartoon costuma fazer um excelente trabalho de disponibilizar as BDs de autores convidados, mas ela normalmente só consegue trazer o que tem em stock, já que a mínima antecedência não permite encomendar mais exemplares aos fornecedores internacionais.

    Vi hoje no blog do Lino que a tiragem do último catálogo foi de 1200 exemplares. Isso é mais do que quase todas as BDs editadas em Portugal! E não venham me dizer que vende porque eu vejo sempre catálogos de anos e anos atrás disponíveis para venda no Festival! Seria bem mais lógico reduzir essa tiragem para um número mais racional e fazer também um álbum, nem que fosse em formato pequeno e monocromático, com BDs dos convidados mais obscuros.

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  14. Novamente o Hunter a acertar no que diz e que eu subscrevo.
    Também subscrevo aquele desabafo do Mário Freitas relaticamente à central comics, tal e qual resposta igual à do general Cambrone quando os ingleses lhe pediram a rendição.
    Foi pena eu não realizar o tal certame de BD. Ainda falei, na altura, ao Lino, sobre essa minha intenção, mas ficou-se por aí.
    Com a Festa da História dispendia do orçamento cerca de dois terços dessa verba, num projecto que em dois dias juntava cerca de 25 mil visitantes com mais de 250 participantes nas actividades e desfile alegórico. Para a BD tinha espaço suficiente e adequado e à disposição um hotel de 4 estrelas, para além de garantir a cobertura para telejornal da SIC e da RTP1, como em outros eventos.
    É claro, Nuno, que a empresa municipal onde presidi, também é detida pela Câmara (tal como o Festival de Beja), mas o raio de acção dessa empresa é muito maior, porque gere cinemas, piscinas, bibliotecas, centros culturais e eventos diversos.
    Enfim, não arrisquei...
    Por isso, só devo enaltecer todos os que executam, porque fazem alguma coisa - de criticar, aqueles que nada fazem.
    Pois bem, Nuno, se a tal cena trouxe espinha, deita-a fora em sítio que a gente veja e leia.

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  15. Hunter, tens razão em relação à DR. Kartoon. Outro dos livros que comprei (e esse chegou a tempo) foi "El arte de volar" do Antonio Altarriba e, julgo que não estou enganado se disser que a DR. Kartoon era a única que tinha alguma coisa deste, e de alguns dos outros autores menos conhecidos (pelo menos por mim).

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  16. Gostei do que vi sobre este evento aqui no Leituras de BD, espero que o próximo seja ainda melhor!

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  17. Olá a todos!

    O maior orçamento que o Festival de Beja teve até hoje foi de 28.000 euros(os valores são públicos :)), . Este ano não tivémos orçamento adstrito:). Foi difícil. Contámos com muitas colaborações e com o apoio fantástico dos nossos colegas da Cãmara (e respetiva Vereação). Para o ano vai realizar-se de 1 a 16 de Junho! Já está confirmado. Um abraço!

    Paulo Monteiro

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  18. Luis
    Esta é uma crítica recorrente nos vários FIBDA's, ou Amadora BD's. O caso dos autores convidados sem obra publicada e sem livros à venda.
    Achei a ideia do Hunter excelente!
    Em vez do catálogo, uma publicação com pequenas BD's dos autores mais desconhecidos em Portugal. Isso era muito bom, e ainda faziam negócio de certeza! Pelo menos vendia mais que o catálogo, for sure...
    :D

    Mário Freitas
    O Anicomics é o exemplo de um festival de custos bem controlados e sem gorduras para esbanjar dinheiro. É certo que não tem tantos autores como Amadora e Beja, mas os que veem são muito profissionais!
    Ou seja, é um festival que tem obrigatoriamente de dar lucro e claro, divertir quem lá vai.
    ;)

    Hunter
    Achei a tua ideia excelente. Mesmo!
    Só que a direção do Amadora BD para a pôr em prática tinha de ter já certos em antecipação os autores menos conhecidos dos portugueses para ter tempo de fazer a edição. Nada que não se possa fazer!
    1200 exemplares é uma grande tiragem...
    :O

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  20. Santos Costa
    Com esse dinheiro e bem orientado, fazias um bom festival! Terias uma romaria da tribo da BD (vulgo "nerds") para Trancoso!
    :D
    Quanto à minha "espinha" irá ser tratada por trás dos bastidores. Acho que se o fizesse publicamente me iria ficar mal (ainda por cima...)
    :P

    Luis
    A Dr Kartoon nestes casos é a tábua de salvação! É impressionante a quantidade de livros que eles têm em que só reparamos que eles existem nesta altura!
    :D

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  21. Guy Santos
    Daqui a um ano estaremos lá!
    :P

    Paulo Monteiro
    Este ano foi um grande esforço, mas provou-se que os aficcionados da BD gostam de Beja, o que pôde ser comprovado pela boa presença de visitantes e autores!
    Fazer muito com quase nada.
    Parabéns!
    :)

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  22. Meus Caros:

    O texto que tem sido aqui referido e publicado pelo Central Comics foi escrito pelo Manuel Espírito Santo e não por alguém responsável pelo site.

    E é um texto com o qual concordo quase na integra e que resume-se a isto: como o orçamento de que dispõe o AmadoraBD dava para fazer um programação anual de luxo sobre BD e não só algumas semanas e eu não digo isto de cor: lido com organização e orçamentação de eventos culturais e sei do que falo.
    Antes de criticar leiam bem o artigo.

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  23. André,

    Li entretanto o artigo. Quando comentei, nem sabia quem o tinha escrito e circunscrevi-me ao título, que me pareceu grave. O artigo, aliás, é exclusivamente sobre o Festival da Amadora, pelo que não entendo de todo a alusão ao estado da BD portuguesa, como se de um todo se tratasse. Fica esse crítica ao Manuel e, do que ele me conhece, não vai de certeza levar a mal o que eu disse.

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  24. Boas, lá acabei por ir ler o artigo e de facto, excluindo o título, parecem-me opiniões que o Manel já tem escrito, inclusive aqui neste blog.
    Embora haja bastantes comentários do Bacchus com os quais não concordo, não percebo a violência das reacções a este artigo.

    Relativamente à vinculação da Central Comics a esta opinião. Por um lado é um facto que o texto não é do Hugo, por outro lado duvido que o Manel possa publicar lá sem a autorização do Hugo.

    Não vejo razões pelas quais haveria o Central Comics de não dar liberdade ao Manel para este artigo de opinião.

    No entanto, mais uma vez, fora o título - no registo que o Bacchus costuma escrever - não percebo o espanto pelo que escreveu e nunca vi ninguém aqui mandá-lo à merda.

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  25. Também concordo com o artigo na integra exceptuando o 'deplorável' no titulo.

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  26. Luís,

    Eu não mandei o Manel à merda. Mandei a Central Comics - coisa que me apetecia fazer há muito tempo por todas as razões do mundo - no contexto do título do artigo. É um facto que o conteúdo não reflecte, felizmente, o título.

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  27. Ora, cá estou de novo.
    Quem chamou a atenção para o artigo, fui eu. Não critiquei o artigo (crónica) nem o Festival AmadoraBD. Falei em bordoada da Central Comics porque pensei que o artigo era da responsabilidade do site; numa segunda visita, verifiquei que é de Manuel do Espírito Santo, o qual não faz parte do "corpo" do Central Comics.
    Eu - repito - não critiquei o cronista nem o Festival, porque não estive neste último e estou a léguas (em sentido literal e figurado) do que se passou por ali.
    Mas que ali estão dadas umas bordoadas por escrito, lá isso estão. Com razão ou sem ela, é um facto.
    Julgo que a BD está a tornar-se demasiado elitista, centralista e belicosa entre as partes. Se ao menos isto chamasse a atenção aos novos leitores, era óptimo, mas não me parece que assim vamos lá.
    Pior do que tudo isto, abriu-se aqui uma guerra entre grupos onde me parece que não fazem prisioneiros - é deitar abaixo! E há muitas maneiras de "deitar" abaixo a BD - falar mal de tudo ou de todos ou não falar (o que é comum). Sinceramente, prefiro que se fale. Calar ou coibir-se de criticar é um acto de negação à cidadania e ao livre arbítrio e, para os autores, um acto de desprezo incompreensível.
    Um dia destes hei-de saber por que razão se calam os "entendidos" e "com casa na praça" sobre algumas obras, designadamente as de autores portugueses, mesmo que seja para as "bordoar". A frontalidade da crítica - desde que não envolva achincalhes pessoais - deve constituir matéria dos comunicadores, alguns com mais responsabilidades porque "abicham" nas estantes as obras que as editoras lhes remetem graciosamente.
    Carpe diem...

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  28. Mário,

    Sim, se calhar o titulo não reflecte o conteúdo, mas penso que "deplorável" é mais uma força de expressão...

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  29. Santos Costa,

    Eu percebo os seus engulhos, mas há algo que não podemos ignorar: por mim falo, mas há obras cuja crítica, se a fizesse, não seria certamente agradável para os visados, mesmo que me cingisse unicamente à obra em si, obviamente. Há coisas cuja publicação me deixa estarrecido e na qual não vejo um pingo de lógica, mas cuja ocorrência dessa publicação parece legitimar os seus autores e encouraçá-los numa redoma. Foram publicados e agora quem é que os convence que afinal não são assim tão bons ou são, até, francamente maus?

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  30. Ok, André, isso já está esclarecido. Cometi de facto o pecadilho de ter comentado sem ler o artigo nem saber exactamente o seu autor. Mas como a central comics, enquanto organização, tem sido useira e vezeira em "tomar a nuvem por juno", reagi como reagi.

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  31. Pela minha parte esclareço, particularmente ao Mário, que o meu comentário foi escrito em resposta ao do André, uma vez que tinha começado a escrever a resposta antes de tu escreveres que não tinhas lido o artigo.
    Se tivesse lido a tua resposta provavelmente teria escrito a minha doutra forma.
    No entanto, eu não disse que tu disseste o que dizes que não disseste :-)))

    E pronto, pela minha parte acho que já chega desta confusão...

    Uma coisa que o fórum Central Comics tinha de bom, era que agora se poderia abrir um tópico a discutir o artigo, e sinto falta dessa liberdade. Acho que reabrir esse tipo de espaço de discussão seria uma boa iniciativa para a Iniciativa 2013...

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  32. O Santos Costa como sempre a falar bem. Não percebo e nunca percebi o silêncio ou a inexistência de criticas mais exaustivas a Bds de autores portugueses. Ninguém tem de ser ofensivo quando dá uma nota negativa a um trabalho e ninguem se deve sentir ofendido se essa nota for devidamente justificada.

    'A frontalidade da crítica - desde que não envolva achincalhes pessoais - deve constituir matéria dos comunicadores'.
    Concordo inteiramente com o Santos Costa nisto também. Como é que se pode ser considerado imparcial, se quando toca ao que mais nos interessa (os nossos autores), existe uma preocupação maior em não ferir susceptibilidades do que em fazer uma análise produtiva da obra?
    Pode ser que isto nos passe.

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  33. Mário
    É precisamente isso que eu quis dizer. Boa ou má (a obra) deve merecer uma crítica para quem está no "ramo". Não compete aos autores criticarem-se uns aos outros, até porque eu, como autor, não sou um bom crítico nem tenho "estaleca" para isso.
    Se a obra é inopinada, feia, abstrusa, incompreensível (eh pá, doa a quem doer) deve ser dito isso. O silêncio é a pior crítica porque neste está subjacente o desprezo.
    Os meus engulhos são legítimos, tanto quanto o são as náuseas dos que as podem ter. Já tenho idade para perceber o que é jogar a doer e o que é brincar a feijões; e mais ainda para perceber as regras do jogo, mesmo que esteja fora das quatro linhas.

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  34. Mário,

    Compreendo perfeitamente!
    Para reacções intempestivas, injustas, com o coração, parciais e anormais estou cá eu!

    Quanto a criticar autores portugueses: acho sinceramente que se alguém não tiver nada de bom e/ou pertinente a dizer então deve estar calado. Já custa aos autores nacionais serem editados por cá, quanto mais terem de levar com criticas negativas. Está em causa o trabalho de CRIADORES. Quem não gostar não compra.

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  35. Ó André, as críticas negativas devem ser sinceras quanto justas. Logo, "quem não tiver nada de bom e/ou pertinente a dizer deve estar calado" já é uma crítica negativa, com a agravante de não ser construtiva e dizer o que deve ser melhorado.
    Se algum crítico da Papuásia criticar negativamente um trabalho meu, nem sequer vou ler; criticar um autor estrangeiro, para mais em português, o fulano também não vai ler, pois muitos deles passam pelos blogs nacionais para verem os bonecos.
    Não sou masoquista, garanto-vos; também não sou um nascituro nestas lides, porque já tenho calos no rabo de tanto me sentar ao estirador. Nem de todo procuro críticas para recortar e pôr num álbum, para os netinhos ou necessito de curriculum nesta ou na área literária, onde também navego.
    Tal como o André, também tenho reacções injustas, parciais, sentimentais e de refinamento. Mas eu não sou crítico para estar acima destes anátemas. Sinto, pois, que há uma certa ausência de companheirismo, quer no fazer quer no aceitar, das opiniões (mea culpa), mas sinto que há alguma renitência para com obras e autores que se não lêem ou não conhecem.
    Pode parecer pretensioso, mas quando chego aos postos de venda, as primeiras compras que faço respeitam a autores portugueses, bons e maus - tenho uma colecção endiabrada, no género; dos não nacionais, apenas aqueles que gosto. Isto é chauvinismo? Isto é xenofobia? Isto é maniqueísmo? Isto é nacionalismo bafiento? Seja! Sou senhor dos meus "cobres" e não preciso de ler críticas para comprar. Basta-me saber que estão lá - aí, sim, uma boa exposição vale por um monte de críticas positivas; isto, claro, com a divulgação nos media, que suscitam sempre interesse, mesmo que não se obtenham críticas ou recensões favoráveis.
    É por isso que gosto de entrar frequentemente neste blog: há aqui gente para todos os gostos, que dizem o que pensam e pensam pela sua cabeça. Bem haja a todos, por isso.

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  36. Parabens ao Festival e aos organizadores!

    Considerar que estamos falando da 23a edição é um fato digno de aplausos, e tambem que o Festival, contra a maré, mantem no mínimo da mesma qualidade dos anteriores é fato notório tambem.

    Porém, é importante considerar os apontamentos do público ou, no mínimo, justificar as mudanças.

    :D

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  37. Santos Costa,

    Veja bem o que eu escrevi: "se alguém não tiver nada de bom e/ou PERTINENTE a dizer então deve estar calado"

    E com "pertinente" englobo criticas negativas, criticas assim-assim, o que for, desde que chame a atenção para algo mais ou acrescente algo ao simplista "não gosto" ou, no seu caso particular, o já clássico "o Salgari era colonialista e coisa e tal...". Acho que quem o disse mais valia ter estado quieto. Saber falar é uma virtude mas saber estar calado também é, e na mesma medida.

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  38. E já agora:
    Não distingo autores nacionais de estrangeiros. Para mim apenas existem autores de diferentes nacionalidades. Não concordo nada com a frase " o que é nacional é bom". É bom só se realmente o for, e como o dinheiro não estica só compro mesmo o que gosto ou o que poderá vir a interessar.

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  39. Acho que devo um pedido de desculpas por ter pessoalizado o tema, fazendo-o circular paralelamente ao assunto em apreço, que era o Festival da Amadora. Agora que já jantei, os engulhos a que se referiu o Mário (e bem) já foram pelo estreito abaixo. Suponho que, apesar de ser incoveniente vir para aqui com os meus "problemas" é suposto que eles possam ser comuns a outros, embora eu não leia com frequência comentários de outros autores (pelo menos os mais consagrados) neste espaço.
    Com o pedido de desculpas não vai o retirar de uma palavra do que disse quanto ao que penso e julgo, tal qual não me arrependo de ter escrito sem o novo acordo "horto" gráfico.
    Por isso, a opinião do André é aceite por mim de boamente, como é aceite a do Sanches ou do Mário. Cada um de nós vive experiências diferentes, arroja falar o que sente e assim é que eu acho que podemos chegar a algum lado.
    Não voltarei a trazer assuntos pessoais, a não ser que seja chamado a capítulo, mas insistirei naquilo que considero ser benéfico para a banda desenhada em geral.
    Esta caixa de comentários sem contraditório e apenas de (falsos) consensos tornava-se monocórdica e infrutífera.
    Para ser sincero, sinto que me falta ler o Bacchus e a sua frontalidade, como tem sido hábito nesta caixa.
    Sobre o 23ºAmadora BD, onde não vendi um único copo, fecho o tasco.

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  40. Bem... agora fiquei aturdido com a quantidade de comments. Fiquei fora da discussão por isso vou tentar fazer um apanhado individual! (Um tipo não se pode afastar do computador por 4 horas...)
    :P
    Round 1
    O Manuel Espírito Santo nunca escondeu as suas ideias relativamente ao Amadora BD, e desta vez com algumas razões pessoais para fazer o desabafo. Não que eu concorde com a posição dele na generalidade, mas ele tem razão nalguns pontos. A forma com que ele transmitiu o seu "retrato" do Amadora BD talvez não fosse a melhor, e o título não me pareceu adequado.
    O Mário Freitas leu o título e "passou-se"! E devia ter lido o texto todo, e não assumir que era um texto proveniente da CC (talvez por isso não o tenha lido! LOL), como é sabido tem problemas com a direcção deste Portal, e eu também para que não restem dúvidas sobre a minha posição em relação a isso. Ou seja reagiu a quente, mas retratou-se, e bem, posteriormente explicando o motivo daquela excelente expressão idiomática bem portuguesa.
    Round 2
    Entendo também que o Portal Central Comics se dá abertura a uma crónica de opinião de alguém que quer falar, não o deverá censurar só porque é politicamente pouco correcto, embora pudesse ter alertado que aquele título para a crónica não seria o melhor, a não ser que quisessem ter um título bombástico por outras razões.
    Round 3
    Santos Costa, volto a dizer que tenho pena que não tenhas organizado o tal festival... para a próxima antes de recusares fala com o pessoal!
    :P
    Round 4
    Santos Costa
    Épá... não fales mais em elitista! Começa-se a conutar o meu nome com elitismo!
    Guerras entre grupos sempre existiram, e sempre existirão.
    Desde que não se descambe para certos limites até acho saudável.
    :P
    Round 5
    Luís, acho que tens aqui a liberdade de discutir este tópico, assim como todos. O objectivo da Iniciativa BD em Portugal não é formar fóruns de discussão. Isso já existe um pouco por todo o lado na internet... o objectivo é lutar por um lugar ao Sol da BD portuguesa e que esta seja cada vez melhor!
    Round 6
    Luis Sanches, como já deves ter reparado, e também já o escrevi, não costumo fazer críticas a livros menos bons. Costumo dizer que há tantos livros bons nas minhas prateleiras, porque é que havia de falar dos mais fracos? Para mim é perda de tempo (que vale ouro para mim).

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  41. Eu por acaso gostava que o Sr. Machado Dias, que se entende por ser o mais sapiente de todos os sapientes quando se fala de Banda Desenhada, o que raio chama às pessoas que fazem desenhos, seja ilustração ou arte sequencial.
    Agonia-se com a palavra "artistas" quando aplicada aos desenhadores?
    Eu agonio-me com pessoas que bebem em excesso. Cada um tem os seus enjoos.
    Enxofre

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  42. Round 7
    Falou-se aqui no final, com opiniões diversas e divergentes sobre as críticad a livros, a coragem de falar negativamente de uma obra de origem portuguesa.
    Uma parte da minha opinião está descrita acima.
    A outra é muito simples. São muito poucos aqueles que se aguentam com uma crítica negativa de uma pessoa que até conhecem ou são amigos. Os apertos de mão parecem mais frios, as frases mais curtas, até aquelas de ocasião.
    Se eu fosse profissional jornalista crítico de BD a história seria outra... mas não sou! E o que acontece depois de um verdadeiro jornalista até ter apresentado uma crítica positiva a um livro muito fraco? O que é que eu vou parecer? O que é que o autor vai dizer? O tipo é é um invejoso! O tipo não percebe nada disso!
    Sinceramente não me apetece... só me chateio e ainda fico mal na fotografia. Só acabo por dar a minha opinião quando acontece um clic mais forte!

    Round 8
    Santos Costa, não tens de pedir desculpa a ninguém. O pessoal está só a dar a opinião sobre um tema sensível. Um dia que estejamos juntos falaremos sobre o assunto e eu explico-te algumas coisas que não me interessa deixar públicas neste momento. Isto serve para para o André e para o Luís, que também estavam nesta discussão das críticas.

    Round 9
    Machado-Dias... achas que eu estraguei tudo com uma frase assassina? Não estraguei nada, são artistas sim.
    E são.
    Artistas
    Artistas
    Artistas
    Artistas
    E quando disse que ainda não tinham sido apresentados, queria dizer que estes artistas ainda não tinham foto aqui no LBD. Apenas isso, mas acho que se percebe.
    Não percebo, nem nunca hei-de perceber qual é o teu problema com os artistas.
    Artistas Artistas Artistas Artistas
    :P
    Diabba... fazes juz ao teu nick...
    Nunca o deixas ficar mal! Se um dia te transformares num anjo vou ficar preocupado!
    :D

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  43. Santos Costa,
    Estamos do mesmo lado!

    E por fim:
    Banda-Desenhada = 9ª Arte
    Quem faz Arte?
    (rufo de tambores.........)
    Os Artistas!

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  44. André Azevedo,
    tss tss (ar munto crítico mode), o menino acabou de dizer uma palavra assassina. Isso diz-se??
    Vai imediatamente ali pró canto, de castigo.
    ]:-)

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  45. Para o Mário,
    Eu nunca levo nada a mal (a não ser quando me "atacam" sem razão aparente ou poem em causa o meu trabalho:))
    Tudo aquilo que eu escrevi no Central Comics é o que eu penso e até no facebook dei-me ao trabalho de fazer um paralelismo com o futebol e selecção portuguesa nos anos 80 e pós anos 80.
    Temos o melhor treinador de futebol de sempre, um dos melhores jogadores.. Os nossos clubes estão bem cotados lá fora.. A indústria respira qualidade... A selecção é das melhores do mundo também..
    E porquê?
    Porque se mudou a mentalidade de:
    "Só temos isto e temos de preservar o que temos"..
    Sendo o AmadoraBD o maior festival de BD de Portugal já deveria ter sido renovado há muitos anos...
    É inadmissivel todos os anos aqueles profissionais cometerem os erros para os quais são pagos mensalmente.. E que não venham com desculpas "esfarrapadas", pois muita coisa DEVE ser mudada e tem de ser por quem ainda se preocupa com a nona arte e tentar mudar a imagem que este festival transmite acerca da mesma.
    A palavra "deplorável" foi no sentido de dar a entender que o que é feito no MAIOR festival de BD de Portugal contribui para a imagem que o público que não está dentro ou envolvido nesta arte seja pejorativa.
    Não tenho qualquer questão com ninguém (a não ser quem já mencionei inúmeras vezes por falta de profissionalismo e não irei lhe dar mais nenhum tempo de antena).
    Como é óbvio, não te levo a mal... E sei que tentas mudar as águas nas quais navegamos:)
    Assim como eu tento fazer á minha maneira:)
    Como é óbvio esta explicação serve para o Nuno Amado, Santos Costa, Luis Sanches e os demais..
    No que concerne a autores nacionais já os defendo há muito tempo como dos melhores do mundo desde o Stuart de Carvalhais, Vitor Peon, E.T.Coelho, Miguel Rocha, JCF, David Soares entre muitos outros..
    Temos muitos bons autores nacionais e um projecto fantástico chamado a Zona que não me canso de elogiar:)
    Temos também um excelente festival de BD em Beja e não conheço o Anicomics mas parece-me ser bem dinamizado:)
    Pediram-me para escrever na Central Comics sobre algo e eu escrevi como aliás escrevo a quem me pede..
    As minhas opiniões por vezes são demasiado "vincadas" porque SINCERAMENTE acho que muitos dos profissionais da BD em Portugal são do mais fraquinho que eu conheço..
    (E conheço alguns internacionais:))
    Irrita-me MUITO o AmadoraBD porque é feito com dinheiro dos contribuintes e não querem saber de nada.. fazem umas exposições e ficam "limitados":)
    Se fosse um festival privado (criticava com mais moderação:))
    Abraço a todos e eu irei sempre dizer o que penso e fazer "mea culpa" no que errar..

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  46. Critico ainda o facto deste festival não querer saber se os autores trazem obras suas ou não e o tratamento para com os mesmos (senão fosse por vezes algumas editoras nacionais e lojas seria ainda pior)..
    Ou seja, tudo o que penso acerca da (des)organização deste festival está bem patente em todas as minhas opiniões..
    Poderia mudar-se muito coisa no que concerne á nona arte (uma das poucas artes que cativa público com idades entre os 8 e os 88)..
    Eu já dei as minhas opiniões acerca da mudança que poderia ser feita..
    parece que por vezes falta união e mais "garra" para mudar as coisas..
    A BD é uma arte importante e que está mais na "moda" devido a filmes adaptados da mesma e ao facto de as pessoas hojem em dia saberem que os storyboards para grande parte dos filmes é feito em arte sequencial e muitos argumentistas de séries e filmes são também argumentistas de BD e mesmo escritores de romances..
    Todas estas ligações não são aproveitadas devidamente, simplesmente porque MUITA gente faz ouvidos moucos a opiniões para não perderem os seus privilégios..
    E isto irrita-me um pouco, pois não é assim que eu vejo as coisas...
    Saudações bedéfilas.

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  47. Acompanhei o festival por meio de suas matérias meu amigo. E me pareceu muito organizado.

    Espero que a cada ano o festival seja cada vez melhor.

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  48. Bacchus
    Obrigado por teres vindo colaborar!
    O teu título foi "bombástico" e deu para algumas discussões!
    ;)

    João Roberto
    Espero que sim, que para o ano seja ainda melhor.
    :)

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  49. Também concordo, é muito ingrato para um autor de bd ou artista de bd eh eh estar numa sessão de autógrafos e não assinar as obras que os identificam e cujas venda são no fundo o seu ganha pão.

    Um dia seria interessante ver uma «feira das vaidades» lol onde vários coleccionadores de BD anónimos e não só pudessem partilhar algumas das suas preciosidades com o público.

    Blaise

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  50. Bacchus, como sabes partilho várias das tuas críticas à organização do festival e, aliás, já tive oportunidade de o dizer, pessoalmente e várias vezes, às próprias pessoas da organização, nomeadamente ao director Nelson Dona.

    De qualquer forma, aquilo que me pareceu desajustado na tua crónica foi o título, somente isso, porque remete ou abrange os problemas a "toda a BD portuguesa", como se o Festival da Amadora representasse tudo isso ou, em alternativa, toda a BD em Portugal padecesse dos mesmos males que o FIBDA.

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  51. Goody a 10 anos no mercado portugues faz retornar as BDS Disney a Portugal com Hiper Disney (Mensal) e Disney Comix (Semanal)

    http://www.planetagibi.net/2012/11/hqs-disney-reestreiam-em-portugal.html#more

    acabou o reinado da Edimpresa.Agradeçam ao Banzé ter achado esta novidade

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  52. "Também concordo, é muito ingrato para um autor de bd ou artista de bd eh eh estar numa sessão de autógrafos e não assinar as obras que os identificam e cujas venda são no fundo o seu ganha pão"


    Obvio isso revela uma "estupidez" da organizção bem grande.

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  53. Este comentário foi removido pelo autor.

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  54. Blaise
    ahahahha isso seria engraçado, mas só com seguranças sempre ali ao lado... olha lá as minhas preciosidades a serem-me subtraidas sem eu dar por ela!!!
    :P

    Optimus
    É um problema antigo e que já deu problemas "quase" graves (ainda me lembro dos polacos de há 3 anos)...
    :|
    Quanto à notícia Disney, teremos notícias em breve. (Também não ando distraído, mas gosto de falar pelo seguro...)
    :D

    ResponderEliminar
  55. Nuno,
    Já sabes que gosto de esclarecer tudo (quando me é possivel).
    Mario,
    O meu titulo era para tentar demonstrar que o que (não) acontece no AmadoraBD pode se reflectir na forma como o público exterior a esta arte a vê.
    Eu acho que neste momento até temos publicações a mais para o mercado português que não cresce(mas isso é outra questão) e que este festival contribui para isso..
    Posso-te dizer uma coisa simples, tenho BASTANTES amigos que me perguntam se eu vou á Amadora todos os anos e eu continuo a achar uma coisa ainda mais simples (pois alguns também gostam de BD), porque é que em vez de os mesmos me perguntarem se vou á Amadora, não me dizem que vão á Amadora e inclusive vão falar com outros amigos que conhecem para irem a um local "agradável" como a Amadora?..
    Isto dá um pouco para pensar porque é que o mercado da BD não cresce em Portugal:(
    Quanto a tudo o resto (e sabes que não sou de elogio fácil).
    Gosto de novos autores, editoras, lufadas de ar fresco (sejam nacionais ou estrangeiras).
    Considero que temos excelentes pessoas e autores que tratam bem esta arte no nosso país (cada um á sua maneira).
    O "profissionalismo" de algumas é que me provoca alguma urticária:)
    Já sabes que apoio as tuas iniciativas e concordo com as mesmas e que gosto de muitas publicações tuas e tudo isso.. (sendo poucas as que eu li, porque o CASH não chega para tudo:()
    Abraço e já sabes que eu sou mesmo assim:) ..
    Um gajo que ou se gosta ou não se gosta (não tenho meio termo) e toda a gente é livre de ter a sua opinião.. Tirando quando tentam "lavar-me a mente" e inclusive partir para um insulto gratuito no site em questão.. (mas com esses posso eu bem sem stresses)..


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Bongadas

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