sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Super-Homem: Homem de Aço


Uma excelente introdução a esta segunda série Super-Heróis DC Comics da Levoir a sair com o jornal Sol. Acho que foi quase perfeito!
Quase? Bem, lá chegaremos.

A seguir ao mega evento da DC Comics “Crise nas Terras Infinitas” (volumes #7 e #8 da primeira série desta colecção) a DC decidiu fazer reboots aos seus maiores personagens. Dois destes reboots ficaram famosos: Batman Ano 1 (Frank Miller) e Homem de Aço (John Byrne).

Ambos redefiniram para os tempos modernos estes dois ícones da cultura norte-americana, de um modo indelével. Este post é dedicado à excelente entrada de Byrne no Super-Homem.

Publicada originalmente numa mini-série de seis revistas em 1986, este Homem de Aço faz a fractura entre o Superman da Silver Age e a Modern Age. Aliás, esta redefinição do mito do Superman durou muitos anos, talvez até Birthright, em 2005.

O segredo do sucesso deste reboot feito por Byrne está no respeito pelo que já havia sido feito nesta personagem icónica ao longos dos 50 anos de existência até essa altura. Byrne “limpou” a personagem de muitas das palermices da Era de Prata, deu-lhe volume, uma origem bem sedimentada e ao longo das seis revistas passou, e apresentou, a personagem em alguns dos palcos e protagonistas mais importantes, como a nova Lois Lane, Batman e Luthor. E não me posso esquecer da forma como é apresentada Lana Lang e os Kent! Boa abordagem, sem dúvida.

O desenho de Byrne é muito limpo e coerente, e a sua narrativa gráfica irrepreensível. Por alguma razão este é um arco mítico dentro do Universo DC. Infelizmente as novas colorações ainda não estão num nível que eu considere bom. Não é um problema deste livro, mas sim um problema geral de quando se tenta transportar os livros feitos com um sistema de cor antigo, para as novas plataformas da actualidade, onde inclusivamente o papel é completamente diferente. Isto já foi referido pelo André Azevedo no seu blogue BD no Sótão, onde ele coloca as páginas antigas ao lado das novas. Na realidade perde-se bastante.

Mas isto é pormenor técnico para já ainda difícil de resolver, pelo menos é o que eu sinto. Agora onde temos “mão”, já é diferente. Lá em cima eu disse “quase”. Pois, eu realmente tinha-me abstido de falar mais em traduções e adaptações. Mas bolas… “minha nossa!”?? “C’o a breca”?? "Amiguito"?? Estas entre muitas. Mas desde quando é que um português fala assim? “Com a breca” era usada pela minha avó! “Minha nossa” é usado pelos brasileiros, não os portugueses! E já não falo da “rigidez” e “frieza” (falta de sentimento) com que muitas frases estão traduzidas e adaptadas.
Bem… passando à frente…
























Byrne apresenta logo de início uma belas imagens de Krypton como prólogo. É explicado o que aconteceu a Kripton e assistimos ao lançamento do pequeno Kal-El para o espaço em direcção à Terra. De notar que considero muito boa a cena em que o velho Kent explica ao jovem Clark a sua “adopção” e como esta foi verosímil para a população considerar o jovem como filho legítimo e natural do casal Kent.
O fato do Superman também é explicado por aqui. Apesar de ser feito em material normal nunca se estraga, assim como nunca nenhuma roupa justa do jovem Clark se estragou ao longo da sua vida!
;)
Outras diferenças, o “S” é bem maior assim como a capa, aumentando o efeito dinâmico da personagem em acção.

Não vou contar o livro todo, pois ele está à venda numa boa edição da Levoir em capa dura, por um excelente preço, vou só apenas focar-me no primeiro contacto com Batman, e das primeiras tentativas de Luthor para tentar de algum modo “lutar” contra o Super-Homem.

O 1º contacto com o Morcego está óptimo. Batman mostra todas as suas qualidades paranóicas para que o Super não o possa de algum modo deter, e as duas personalidades tão distintas da DC são aqui muito bem retratadas, e de uma forma bem simples. Eles são o oposto um do outro, a luz e o negrume! Acabam por tratar de um caso juntos (vilã Magpie – Gralha) e acabam por chegar à conclusão que cada um está bem adaptado à cidade que protege.
Luthor, e após os vários primeiros atritos, quer vingar-se do Super-Homem. Numa destas situações, este acaba por criar um Bizarro. Byrne quis que esta personagem fosse também aflorada nesta mini-série. Sempre foi um mundo presente dentro da mitologia do Superman, mas aqui aparece de forma um pouco diferente, como verificarão na leitura.

Não posso deixar em branco a situação de Clark Kent a fazer a barba. Pois, sempre houve muita celeuma e riso de como o invulnerável Super-Homem fazia a barba e cortava o cabelo. Pois, aqui podem ver como Clark toma conta das suas pilosidades faciais!
:D
Bom, já escrevi demais... mas ainda quero salientar uma coisa. As capas têm melhorado muito desde que a Levoir iniciou esta aventura nos Comics, tenho de dizê-lo!





Boas leituras

Hardcover
Criado por: John Byrne, Dick Giordano (arte-final) e Tom Ziuko (cor)
Editado em 2013 pela Levoir
Nota: 9 em 10

18 comentários:

  1. Tem piada criticarem agora certas imposiçoes da dc pos crise um Superman que era o unico kriponiano vindo de Kripton sem Cão.....Chaves gigantes....Fortaleza etc
    Era para ser um Superman menos super e mais MAN a Marvel Way que foi o Dc pediu a Byrne,Que ate queria trazer a Lara a Terra na em vez do Kal bebe.Quanto as traduçoes ja a 1a serie estava cheia de perolas.E as capas não ficaram muito melhores.

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  2. Esta foi uma grande fase do Superman que se estendeu ao seu próprio título e à Action Comics.
    E como o Optimus referiu o Byrne até queria ir mais longe na reformulação mas a DC não permitiu.
    Gosto muito deste Batman retratado pelo Byrne (um aparte: quem ainda se lembra da colecção Super-Heróis publicada pela APR que nos números 6, 8 e 10 publicou a mini-série The Untold Legend of the Batman, cujo primeiro número era desenhado pelo Byrne? Esta foi a minha primeira revista do Batman e também as minhas primeiras do Super-Homem)

    Edição em capa dura, barata, com bom papel, mas minha nossa só se consegue ler com óculos de SOL tal é a intensidade das cores, c’o a breca. Assim não dá amiguitos!!!

    Mas apesar de tudo, foi uma excelente opção para iniciar esta Série II.

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  3. na zona onde moro ainda nao receberam nada as papelarias nas vossas papelarias receberam?

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  4. Que óptima oportunidade para ter este clássico em capa dura e compilado :)
    Para mim esta e outros reboots feitos na época foram os mais bem conseguidos.
    A dc pré crise era confusa, desactualizada e cada vez mais ultrapassada pela editora rival. quase que era vendida à Marvel, mas foi impedido.

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  5. Optimus
    Foi o reboot que saiu, e garantidamente saiu muito bem!
    Quanto às traduções, como tinha dito no post, nunca mais falei delas, mas este livro tem absurdos incríveis! A sério... revejam esta situação. É ridículo ter uma edição destas com traduções bacocas.
    :(

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  6. André Azevedo
    Edição em capa dura, barata, com bom papel, mas minha nossa só se consegue ler com óculos de SOL tal é a intensidade das cores, c’o a breca. Assim não dá amiguitos!!!

    Bolas páh... podias ter ido buscar outras pérolas! Existem lá mais do género!
    :D

    E sim, foi uma grande fase do Super, senão a melhor pelo menos das melhores!
    ;)

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  7. Skillzofdead
    Estás a falar desta edição. ou das revistas Panini?
    Este livro saiu para as papelarias, bancas e quiosques ontem, aliás, os scans apresentados no post são do livro que comprei.
    Em relação às revistas, aqui onde moro só apareceram ontem. Vieram muito atrasadas este mês!
    ;)

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  8. jony da costa
    Era necessário fazer alguma coisa em relação aos principais personagens da DC. Felizmente foram colocados nas mãos certas!
    :)
    E para mim já deixou de ser uma oportunidade! Agora é uma certeza nas minhas prateleiras!
    :D

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  9. Sim Nuno podia ter citado outras pérolas SE tivesse comprado o volume.
    Deixei mesmo de comprar comics traduzidos eaté porque já tenho o que interessa no original.

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  10. André Azevedo
    Ora... eu prefiro traduzidos!
    Mas que haja alguém que re-leia! Alguém que não faça parte do grupo que trabalha estes livros! Quando as pessoas estão envolvidas os erros de simpatia têm tendência para aumentar. No meu trabalho existe uma coisa chamada duplo-check que normalmente é feita por alguém preferencialmente que não esteja no trabalho propriamente dito. É uma regra internacional em aeronáutica!
    ;)

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  11. A minha leitura habitual sempre foi Marvel, mas como gosto bastante dos desenhos do Byrne tive de ir comprar esta história só para apreciar a arte dele.

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  12. Operário
    Eu durante muito tempo também fui mais fã da Marvel do que da DC.
    Mas...
    Mas com a falta de ideias desde 2005 da Marvel fui reduzindo as minhas compras a este editora, e comecei a descobrir o DC universe.
    Óhh... tantos anos "desperdiçados" a adorar Marvel e a dizer mal da DC! Agora praticamente só consumo DC, da Marvel apenas compro clássicos e agora o Daredevil do Waid e o Thor. Acho que também vou experimentar o Hawkeye, parece que está bom!
    ;)

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  13. sim nuno refiro me a este livro as papelarias na minha zona com as coleçoes do publico nao tiveram problemas mas com este nenhuma delas recebeu o livro com jornal

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  14. Skillzofdead
    Isso é estranho... tenta nas tabacarias, ou nos quiosques. As papelarias por vezes têm falhas dessas.
    :\

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  15. Acabei de ler e a historia para mim envelheceu bem.Lex Manipulador Clark reporter com a noticia da decada e algumas das coisas como o que aconteceu a Lana Lang serie esplicadas na mini Milenniuum.

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  16. OPtimus
    Ainda bem que gostaste. Também sou da mesma opinião, ou seja, envelheceu bem!
    ;)

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  17. Deu-me até vontade de comprar uma fase parecida com esta com um certo Verdinho da Marvel.
    E já agora a serie Superman/Batman contradiz isto desde o inicio.Bruce e Clark amigos que não falam com um certo LEX.Ver Serie Ouro Super-homem ou Superman/Batmam Public ENEMIES.

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  18. Optimus
    Lês um livro do Superman e dá-te vontade de comprar Hulk???
    LOOOL
    :D

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