sexta-feira, 17 de junho de 2016

Anicomics 2016: Falta 1 dia
Entrevista a Mário Freitas


Falta menos de 1 dia para que este grande evento se inicie.
Esperemos que esta edição num ambiente maior leve ainda  mais grandiosidade ao Anicomics, já há muito tempo que merecia um espaço maior e agora com o Fórum de Lisboa este requisito de crescimento foi satisfeito!

Fiquem com uma pequena entrevista ao organizador Mário Freitas:

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O Anicomics ao fim de tantos anos muda de local, e esteve quase para não se realizar este ano. Quais foram os motivos para esta situação e como conseguiste assim a mudança para o Fórum de Lisboa em tempo recorde?

Antes de mais, obrigado pela oportunidade, Nuno. Só lamento que isto vá ter de ser telegráfico. Pouco depois da edição do ano passado, cheguei a ter tudo acertado com o Teatro Armando Cortez para fazer lá o evento este ano. Infelizmente, uma mudança repentina na gestão do espaço e o vazio que se chegou a criar obstaram a que se concretizasse a mudança para esse espaço. Quando voltaram a contactar-me, já foi tarde demais.

O que podemos esperar desta mudança de espaço? Com certeza tiveste de adaptar bastantes situações devido à formatação de tantos anos para a Biblioteca Orlando Ribeiro.

Algumas, mas não tantas assim, sobretudo porque este espaço é maior e com melhores condições e, quando assim é, tudo se torna mais simples. E isso responde à tua pergunta: podemos todos esperar um AniComics maior e melhor e, sobretudo, com muito mais espaço e conforto para os vistantes no auditório. Passámos de 140 para 701 lugares.

Este ano, mais uma vez, vais passar em revista nos painéis e lançamentos bastante do que se editou e vai editar nos tempos mais recentes da BD feita por portugueses. O que pensas da vitalidade da BD portuguesa relativamente ao ano passado?

Creio que não há grandes alterações, até porque 2015 foi dos melhores anos da BD portuguesa, desde há muito tempo. O que é fantástico é que continuam a surgir novos autores e novos projectos com enorme qualidade e pernas reais para andar, e creio que isso vai ficar demonstrado de forma inequívoca nesta edição do AniComics.

O mundo do Cosplay vai estar em grande neste Anicomics 2016. Esperas uma nova subida de qualidade devido à cada vez maior afluência de concorrentes?

Espero sempre dos visitantes e concorrentes e exijo sempre isso dos meus convidados. O AniComics foi pioneiro em Portugal na apresentação de shows de qualidade sem carga competitiva ,e nas situações insólitas e inesperadas em palco que trazem sempre uma gargalhada aos presentes e tornam este evento tão especial. Este ano, quem subir ao palco terá uma plateia enorme à sua frente; só espero que não fiquem nervosos perante tal responsabilidade. Já mencionei que são 701 lugares sentados?


Reparei que o Steampunk (que eu adoro) vai dar entrada no Anicomics com um painel e com um Workshop. O que te fez pensar na inclusão deste tema no programa?

Começou timidamente o ano passado com um pequeno painel e este ano alargámos a parceria com a Liga Steampunk de Portugal. O Steampunk tem um visual espectacular e muito criativo e casa muito bem com toda a cultura POP e de Cosplay, tão marcante neste evento.

O Painel “Cultura POP” ainda não tem nomes designados. Não consegues adiantar nenhum nome que tenha sido confirmado nestes últimos dias?

Já foram todos confirmados, desculpa o atraso na resposta à entrevista :) São pessoas ligadas a blogs e magazines online que se dedicam à cobertura e divulgação de cinema e séries de TV, e vários deles nutrem em comum uma enorme febre coleccionista pelos Funko POP, as figuras de vinil que ameaçam, seriamente, dominar o mundo.

Que mensagem podes deixar para os leitores do LBD e para o público em geral?

Não percam este AniComics. Não vão mesmo arrepender-se, por todas as razões deste mundo. Um alerta em particular para os fãs de Banda Desenhada, que terão direito este ano a um painel de luxo de autores portugueses, presentes na Artist's Alley Pro do evento. Vamos oferecer à entrada um booklet exclusivo composto quase integralmente por ilustrações inéditas de vários desses artistas presentes. E será exclusivo do AniComics, não contem em comprá-lo depois do evento.

Obrigado Mário :)

Fiquem com uma imagem do booklet a ser oferecido à entrada...


...e com a planta do Fórum de Lisboa com o programa deste Anicomics 2016


A informação completa está no site do Anicomics, é só seguir o link!

http://anicomics-lisboa.net/

Boas leituras e bom festival!



quinta-feira, 16 de junho de 2016

V de Vingança
Colecção Novela Gráfica Vol.1



" O povo não devia ter medo do seu governo, o governo devia ter medo do seu povo."

Primeira impressão: é um livro poderoso! Muito poderoso! E saiu hoje!
Escrito por Alan Moore e desenhado por David Lloyd, “V for Vendetta” foi editado entre 1982 e 1985 durante 26 números pela revista inglesa “Warrior”, sob a sombra do romance de George Orwell “1984”. Existem muitos pontos de toque entre estes dois livros e penso que a data de inicio, 1982, é propositada pois o tema é o mesmo: totalitarismo!

Alan Moore fez parte do grupo de escritores ingleses que revolucionou os comics norte-americanos, transformando-os em leituras bastante mais adultas do que o que estava implantado na altura. Do que eu li deste grande autor destaco “Swamp Thing”, "Promethea", “Watchmen”, “Lost Girls”, “Doctor Who” e “Batman: Piada Mortal” (editado pela Devir em português). Para além disso escreveu para títulos como “Vampirella”, “Green Lantern”, “Superman, “Marvelman”, WildC.A.T.S.”, “Spawn”, Youngblood”, “Tom Strong”, etc…. são centenas de títulos escritos por este profícuo autor oriundo da Grã-Bretanha. O também britânico David Lloyd espalhou os seus desenhos por “Doctor Who”, “Hellblazer” e “Hulk”, entre outros.

Este livro editado pela Levoir em excelente formato, apresentação  e bom papel, é imprescindível em qualquer prateleira de quem gosta de BD ou de quem gosta de literatura. Embora as cores não continuem famosas mas na altura em que foi desenhado e pintado também não se conseguia muito melhor! Para além disso o traço de Lloyd também não quer grandes cores, não ficariam bem naquela Grã-Bretanha escura e totalitária, aliás, esta obra no seu começo era a preto e branco.

Posso dizer que a primeira vez que li este livro… fiquei impressionado! Na minha opinião bem superior a “Watchman” no seu conteúdo, esta história é muito profunda e eu relei o livro mais umas duas vezes para o “absorver” na sua totalidade. As ramificações e implicações desta história de Alan Moore vão longe, e numa primeira leitura não se consegue descobrir todos os pormenores relacionados com a envolvência da obra. É preciso uma certa cultura e atenção para localizarmos muitos dos pormenores que estão espalhados pelo livro neste ambiente “Orwelliano”, começando logo com a origem da máscara usada pelo protagonista.

Esta retrata Guy Fawkes, o homem que tentou explodir o Parlamento Britânico em 5 de Novembro de 1605, com o Rei incluído, numa tentativa de acabar com o Protestantismo vigente, substituindo-o pelo Catolicismo.

Claro que o atentado foi impedido e os “golpistas” presos e queimados na fogueira (incluindo Guy Fawkes). Este dia é feriado na Grã-Bretanha desde então. Ora a primeira acção deste revolucionário anarquista, “V”, é precisamente mandar pelo ar as Casas do Parlamento no dia 5 de Novembro de 1982, conseguindo aquilo que Fawkes foi incapaz de concluir. Depois, todos os trocadilhos com frases e palavras iniciadas com a letra “V” e o número “V” romano são inúmeros, tendo o leitor de estar com atenção para não perder a preciosidade de alguns pormenores relativos a “V”.
Infelizmente penso que muitos destes trocadilhos se perdem com a tradução para português.

“V” é um anarquista sobrevivente de um campo de concentração, que decide acabar com a ordem totalitária vigente criada por um governo fascista, usando este governo cinco departamentos para acorrentar a sociedade pós-guerra nuclear inglesa. Estes correspondem aos cinco sentidos humanos. A polícia secreta eram os “Dedos”, a propaganda política era feita pela “Boca”, a vigilância vídeo eram os “Olhos”, claro que a vigilância áudio era feita pelo braço governamental dos “Ouvidos”, e por fim o “Nariz” era o departamento de investigação. Tudo isto coordenado pelo "Leader" todo poderoso Adam Susan.

Todo este aparelho totalitário recriou acções de outros regimes do género, como perseguição politica, campos de concentração para homossexuais, negros, etc., etc. É claro que também não faltam as experiências feitas em humanos, e aqui, saído da cela número V sai “V”!

"V" representa a liberdade levada ao extremo, o Anarquismo, lutando contra o outro extremo (ditadura totalitária) e para não haver confusões faz a distinção à sua protegida Evey entre Anarquismo e Caos, duas situações diferentes e não sinónimas. "V" tem uma estratégia de vingança que não admite desvios, é um homem duro e que segue sem vacilar uma linha que conduzirá à queda do regime. Aqui, e perante as acções de "V", Alan Moore deixa à consideração do leitor se este homem vingativo é vilão ou herói! A linha é ténue...

É sem dúvida uma das grandes obras da Banda Desenhada que catapultou esta arte para faixas etárias mais adultas, e que em conjunto com outras obras marcou uma viragem na BD anglófona, elevando a Banda Desenhada a um estatuto superior, estatuto este que a BD francófona já tinha atingido. Também teve direito a um filme, que felizmente eu não vi e provavelmente não verei, porque tenho a quase certeza que será um filme redutor do argumento e do protagonista (quase de certeza transformado em super-herói...).

David Lloyd está em Portugal para apresentar este excelente lançamento. Dia 17 de Junho, sexta-feira, pelas 15h30 na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Nova - Universidade Nova de Lisboa na Av. de Berna, 26.
Conversa com o David Lloyd, o Pedro Moura da Faculdade de Letras de Lisboa e da Bedeteca de Amadora e o Rogério Miguel Puga da Universidade Nova de Lisboa.
Dia17 de Junho, sexta-feira, pelas 18h00 no jornal Público (Loja) em Lisboa para uma sessão de autógrafos da edição portuguesa de V de Vingança, na Doca de Alcântara Norte.

Edição em capa dura, 296 páginas por 9,90€

"Distopia futurista na linha do 1984, de George Orwell, V de Vingança imagina uma Inglaterra sob domínio de uma ditadura fascista, com campos de concentração, e câmaras de televisão que vigiam todos os movimentos das pessoas. Hoje em dia com a actual omnipresença de câmaras de vigilância e a forma como as comunicações electrónicas são monitorizadas, mostram que, neste caso, a realidade ultrapassou a própria ficção."
- Levoir



Pode ser que agora as pessoas que usem aquela máscara a torto e direito ao menos saibam o que significa ;)

Boas leituras

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Pantera Negra: Quem é o Pantera Negra?



Saiu hoje o 19º volume da colecção da Salvat “Colecção Oficial de Graphic Novels” (Marvel).
O herói de serviço é o Pantera Negra numa história de Reginald Hudlin com os lápis de John Romita Jr.

O título, “Quem é o Pantera Negra?”, deixa antever logo à partida o género da história que iremos ler, ou seja, mais um reboot de “origens”.
O livro saiu no princípio do ano passado nos EUA e leva logo a crer o leitor mais avisado destas coisas que é um relançamento da personagem a preparar o filme dos Vingadores (Guerra Civil) onde foi personagem importante.

Reginald Hudlin vem do cinema, onde realizou vários filmes, e são notórias as sequências cinematográficas  projectadas e tornadas vivas no papel por Romita Jr., sobretudo em cenas de acção.
Este relançamento do Black Phanter retira-o das ruas de norte-americanas onde perseguia vilões, e coloca-o em África, mais propriamente no reino de Wakanda. Este reboot é feito através de flashbacks num passado distante, sempre aproximando-se mais do presente com uma narrativa nos EUA onde se discute o que fazer com Wakanda politicamente.


No fim acaba por ser um ser um thriller de vingança… o vilão achei-o um chato, aliás, os vilões usados não são grande coisa na minha opinião, inclusivamente o Cavaleiro Negro aparece por ali meio perdido. Outra coisa mal explicada ali pelo meio é o avanço tecnológico de Wakanda. O desenvolvimento social… pronto, ok, será atingível em situações utópicas, mas o tecnológico nem por isso.
De resto gostei do trabalho de Hudlin na generalidade.

Romita Jr é um ódio de estimação meu dentro dos comics. Desde que largou o estilo do pai (continuo a achar que era o pai a desenhar com o nome dele) demonstrou um estilo horrível, falhas anatómicas por vezes ao nível do amigo Liefeld, enfim, achei o “progresso” dele detestável. Mas pronto, e sem mais delongas, acho que aqui não fez um trabalho mau. Aliás, tem alturas que nem reconhecia o traço mau dele (eheh).
Comparando com o que já vi dele, acho que aqui fez um bom trabalho !

Na minha opinião um livro mediano que se pode comprar perfeitamente sobretudo se for fã do Pantera, ou se está à espera dos filmes para conhecer melhor a personagem.

Fiquem com a nota de imprensa da Salvat e respectivas imagens de promoção do livro:

Volume 19
PANTERA NEGRA
QUEM É O PANTERA NEGRA?
Argumento de REGINALD HUDLIN e arte de JOHN ROMITA JR.

Durante séculos, o avançado reino africano de Wakanda tem sido protegido pelo Pantera Negra, o seu nobre rei-guerreiro. Agora, T’Challa, o rei atual, vê-se forçado a proteger o seu povo de um novo grupo de forasteiros que desejam explorar as suas terras e os seus vastos recursos.


O Pantera Negra é uma das mais marcantes e importantes personagens do Universo Marvel, e foi também o primeiro super-herói negro nos comics. Mais que isso, ele surgiu como uma personagem negra extraordinariamente original e muito contra a corrente da época: era rico, era rei da sua própria nação, um pequeno país africano tecnologicamente avançado, e o próprio nome que ostentava garantia alguma controvérsia, especialmente quando os Panteras Negras de Malcolm X se tornaram famosos nos anos seguintes à sua primeira aparição nas páginas dos comics (em Fantastic Four #52–53, de 1966). Desde aí tornou-se um membro de pleno direito do mundo Marvel, e as suas aventuras nunca mais deixaram de ser publicadas, com alguns hiatos e interrupções. Algumas das suas mais significativas aventuras fizeram história: uma luta contra o Ku Klux Klan, numa história que causou alguma controvérsia (em Jungle Action #19–24, de 1976), apareceu como “artista convidado” nas páginas de quase todos as revistas da Casa das Ideias, e já nos anos 90 integrou os Vingadores (para melhor os poder espiar e controlar, já que receava que se pudessem tornar numa ameaça para o seu país!), lugar em que a maioria dos fãs o viram recentemente no filme Capitão América: Guerra Civil, que marca a estreia de T’Challa no grande ecrã e no universo cinemático da Marvel, onde o veremos em breve num filme a solo.

O volume que aqui apresentamos representa um relançar da personagem pelas mãos de um cineasta afro-americano, Reginald Hudlin, que em 2005 tomou nas mãos a revista Black Panther. E é um ponto ideal para entrar na história desta personagem, já que Hudlin aproveita para rever a história de Wakanda, a ligação dos seus monarcas à terra de que são originários, e a própria origem do Pantera.
Hudlin tentou uma modernização ambiciosa da personagem, usando como fonte de inspiração toda a parafernália da moderna cultura pop afro-americana, desde os filmes de Spike Lee, o rap e as figuras públicas de rappers como Jay-X e P.Diddy, o hip-hop... tudo para dar à personagem, segundo as suas próprias palavras, street cred — credibilidade de rua, credibilidade junto dos jovens, cool, badass. Secundado por John Romita Jr., um dos grandes desenhadores dos comics americanos — que vimos também no anterior volume Eternos — este primeiro arco de história coloca o Pantera Negra face a uma tentativa de invasão de Wakanda por um velho inimigo, e é uma excelente história auto-contida, que foi um sucesso de vendas quando saiu, em 2005.


Finalmente, e para responder à pergunta colocada no título do livro, Quem é o Pantera Negra? Deixemos as palavras ao próprio Reginald Hudlin:
“O Pantera Negra é o Capitão América Negro. Ele personifica os ideais de um povo. Enquanto Americanos, sentimo-nos bem quando lemos acerca do Capitão América,porque nos recorda do potencial da América para fazer coisas boas, se, é claro, todos se regerem pelos mesmos princípios que são a base da fundação deste país. Enquanto Africano, o Pantera Negra deveria representar o potencial de uma nação Mãe Africana. E foi assim que o mostrei nas minhas histórias.”

Ficha técnica
Volume 19: PANTERA NEGRA: QUEM É O PANTERA NEGRA?
Reginald Hudlin e John Romita Jr.
Este volume reúne as histórias publicadas originalmente nas edições Black Panther (Vol. 4) 1 a 6.
160 pgs.
ISBN: 978-84-471-2812-9
PVP: 11,99€




Continuo a não gostar da designação "Graphic Novels" para esta colecção...

Boas leituras














quinta-feira, 9 de junho de 2016

Anicomics 2016: Antevisão




O Anicomics, o maior festival de cultura pop de Lisboa, vai arrancar muito brevemente. Vai acontecer nos dias 18 e 19 de Junho.

Pela primeira vez sai da Biblioteca Orlando Ribeiro em Telheiras desde a sua primeira edição em 2010. O novo local onde se vai espalhar o glamour deste festival será o Fórum Lisboa, na Av. De Roma, bem servido pelo Metropolitano de Lisboa pelas estações de Roma e Areeiro.

É um bom espaço onde pontificará um excelente anfiteatro para os grandes eventos de Cosplay e os bons painéis que aí terão lugar.

Para além disto tudo, haverá workshops, a incontornável gaming zone, a área comercial e claro, muita gente fantasiada com as suas personagens favoritas tanto da BD, como do cinema e animação.

Este ano haverá a inclusão do Steampunk, um género que adoro, tanto num painel de convidados, como também um workshop dedicado ao tema.

Como convidados teremos André Oliveira (Vil, Living Will, Volta – O Segredo do Vale das Sombras), Carlos Pedro (Solomon, Elephant Men), Fernando Dordio (Inspector Franco, O Elixir da Eterna Juventude), Filipe Melo (As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizza Boy, Vampiros), Inês Falcão Ferreira (Hawk, O Elixir da Eterna Juventude), Jorge Coelho (John Flood, Haunted Mansion), Nuno Duarte (O Baile, O Outro Lado de Z), Nuno Saraiva (Tudo isto é fado), Osvaldo Medina (Kong The King, O Elixir da Eterna Juventude), André Caetano (Volta – O Segredo do Vale das Sombras), Joana Afonso (O Baile, Living Will), Ricardo Venâncio (Hanuram), Marta Lebre (Colorista: Super Pig – Roleta Nipónica), Mosi (O Outro Lado de Z) e Pedro Carvalho (O Incrível Tarantantan de Balbino o Esfutricador). Mário Freitas, o organizador deste evento, também estará presente com os seus trabalhos O Último Pollock, Fósseis das Almas Belas e Super Pig.


Como vêem têm aqui um lote de autores e artistas muito representativos da BD nacional actual.

Outras da grandes atracções deste evento é sem dúvida o Cosplay, e teremos o ECG (European Cosplay Gathering), que dará aos vencedores a honra de representar Portugal no maior evento da Europa, a Japan Expo, que decorrerá em Paris entre os dias 7 e 10 de Julho.

Para além do ECG, haverá mais concursos e shows de Cosplay como é apanágio deste festival.

Convido-vos a consultar o site do evento onde têm tudo sobre tudo o que irá acontecer. O site está muito bem conseguido e muito fácil de consultar:


O LBD ainda apresentará muito brevemente um pequena entrevista ao organizador Mário Freitas.


Espero-vos neste grande evento de Lisboa! O Leituras de BD recomenda o Anicomics!


Boas leituras e bom festival




quarta-feira, 8 de junho de 2016

Lançamento G.Floy: Velvet
Volume 1 - Antes do Crepúsculo


No dia 29 de Junho irá dar início mais uma série de grande qualidade pela G.Floy: Velvet.
O primeiro volume saiu nos EUA em Junho de 2014, e com grande sucesso entre os críticos da especialidade. Espera-se que o público português amante de thrillers de espionagem adira a mais este excelente projecto da G.Floy.

Por mim... estou em pulgas! :D



VELVET Volume 1:
ANTES DO CREPÚSCULO

Dos criadores de ‘Capitão América: O soldado de Inverno’, uma das mais brilhantes séries de espionagem em banda desenhada.

Velvet Templeton é a assistente do Director da mais secreta Agência de sempre. Pelo menos oficialmente... porque quando o melhor espião do mundo é morto numa missão, ela vai ser mergulhada numa rede complexa de intriga, homicídios e segredos... e nenhum segredo é maior do que o que ela esconde no seu passado, que a vai obrigar a voltar ao activo.

Ed Brubaker é um dos mais aclamados argumentistas da actualidade, com histórias em todas as grandes editoras americanas, e Steve Epting é um dos grandes desenhadores de comics. A sua colaboração começou quando Brubaker foi contratado pela Marvel para escrever a série do Capitão América. O resultado foi uma das fases mais aclamadas deste herói, que incluiu a história O Soldado do Inverno, que serviu de base ao segundo filme do Capitão América. Velvet é o resultado da sua reunião anos mais tarde, numa aventura de espionagem ambientada nos anos 70, em que descobrimos Velvet Templeton, a secretária executiva duma agência secreta de espionagem... que em tempos foi uma agente operacional, e que agora, na sua meia-idade, terá de voltar ao activo para resolver um caso complexo.

Ed Brubaker já tinha a ideia para Velvet há muitos anos, tendo inclusive desenvolvido a história como proposta para uma série de televisão. O tio de Brubaker tinha sido analista na CIA, e o pai foi agente da inteligência naval, o que lhe criou o interesse pelo género, mas ao mesmo deu-lhe uma noção da realidade da profissão, e os produtores de televisão com quem falou exigiram que a personagem principal fosse... jovem, no máximo com 25 anos. Brubaker respondeu simplesmente “Imaginem o Taken, mas em que a personagem do Liam Neeson tem trinta anos... não é o mesmo filme. E eu queria contar aquela história à minha maneira”. Brubaker sempre foi conhecido pelo cunho que emprestou às suas histórias de super-heróis, mais perto do thriller ou do policial noir, e com Velvet teve a oportunidade de criar uma história mais realista, e mais ao seu gosto. “É um pouco a Moneypenny dos filmes do 007 a transformar-se em Modesty Blaise, numa inversão típica dos papéis mais clássicos e algo machistas do género, uma história em que afinal o Bond era ela, de meia-idade mas ainda assim perigosíssima”, declara Brubaker.


Velvet é uma série em três volumes (originalmente publicada em 15 comics). O segundo volume será lançado no Outono.

“Velvet é uma série de leitura obrigatória para todos os que gostam de comics, e de romances e filmes de espionagem ambientados na Guerra Fria: para todos os que se sentem à vontade com os momentos mais negros ao fim da história.”
comicsalliance.com


Uma boa entrevista de Ed Brubaker sobre a série:
www.pastemagazine.com/articles/2014/09/ed-brubakers-velvet-spybrilliance-seven-years-in.html

Velvet vol. 1: Antes do Crepúsculo
Ed Brubaker (argumento) e Steve Epting (desenho)
Formato comic, capa dura,
128 pgs. a cores.
ISBN 978-84-16510-17-7
PVP: 9,99€




Boas leituras




quinta-feira, 2 de junho de 2016

Lançamento Arte de Autor: Eu, Assassino



Este é o segundo livro da jovem editora Arte de Autor. O livro escolhido é de um autor já publicado na colecção "Colecção Novela Gráfica" com o livro a Arte de Voar. Não conheço este Eu, Assassino mas gostei do livro atrás referido, portanto só me resta ler este novo livro muito premiado em França e Espanha.


EU, ASSASSINO

Enrique Rodriguez é professor de História da Arte na Universidade do País Basco e, aos 53 anos, encontra-se no auge da sua carreira. Além de estar prestes a converter-se numa figura de destaque na sua área, e de ter de lidar com as consequentes rivalidades por parte dos seus colegas de profissão, cultiva uma estranha paixão à qual gostaria de se dedicar a tempo inteiro: o assassinato como forma de arte.
Enrique aproveita convenções e compromissos académicos para cometer assassinatos motivados por fins estéticos. Cada um deles é uma obra de arte inspirada numa técnica específica que marca a sua impecável trajectória como artista.

ANTONIO ALTARRIBA
Escritor, ensaísta e, acima de tudo, argumentista reputado, este catedrático de literatura francesa da Universidade do País Basco obteve, em Espanha, o Premio Nacional del Comic em 2010 com A Arte de Voar, um relato baseado na vida do próprio pai, o qual percorre um século da
história de Espanha.
Tanto como autor ou como divulgador, Antonio Altarriba é uma figura central na história da banda desenhada espanhola. A sua obra mais recente, publicada já em 2016, em Espanha, é La Madre Manca, uma obra dedicada à figura da sua mãe.

KEKO
Sob este pseudónimo esconde-se José Antonio Godoy, artista madrileno que deu os seus primeiros passos em revistas como Madriz ou Métal Hurland.
Discípulo de Will Eisner e de Alberto Breccia, este mestre do preto e branco soube criar um estilo próprio caracterizado por um traço conciso e o uso do negro para criar diferentes atmosferas.
Em 2002 publica 4 Botas, o qual recebeu o prémio de Melhor Obra no XXI Salão Internacional de Banda Desenhada de Barcelona. Divide o seu trabalho artístico entre a BD, a ilustração e a publicidade, com publicações em El País, El Mundo, ABC, Rolling Stone ou FHM.


Este livro recebeu vários prémios em Espanha e França:

- Grande Prémio da critica ACBD 2015 em França;
- Prémio BD Polar 2015 também em França;
- Prémio da associação de livrarias especializadas em BD - melhor livro BD publicado em 2014 em Espanha;
- Melhor argumentista nacional, XV Edicão de prémios da crítica, Avilés 2015;
- Premio TRAN de Banda desenhada Aragonesa para o argumento;
- melhor argumento, XIV Salão de Banda desenhada de Zaragoza 2015




EU, ASSASSINO
Antonio Altarriba & Keko
Apresentação: livro cartonado
Número de Páginas: 136, 2 cores
Editor: Arte de Autor
Preço capa: 19,95€
ISBN: : 978-989-20-6620-2

Poderão encomendar também este livro no site da editora www.artedeautor.pt e na sua página Facebook ( https://www.facebook.com/Arte-de-Autor-509616209205215/?fref=nf ), com desconto de 10% PVP e portes grátis.

Boas leituras






quarta-feira, 1 de junho de 2016

Lançamento G.Floy: Jessica Jones - Alias Vol.1



Sempre gostei desta personagem, Jessica Jones.
Sempre um pouco afastada da "cena" central da Marvel, acabando por isso também por ter direito a histórias um pouco diferentes do banal mainstream.

Recomendo esta série, Alias, iniciada agora pela G.Floy, cujo este primeiro volume sairá no dia 8 deste mês de Junho.
A série no original tem quatro volumes.



JESSICA JONES: ALIAS Vol. 1
A banda desenhada que serviu de base à série de televisão de sucesso da NETFLIX!

Jessica Jones: Em tempos, chegou a ser uma super-heroína... mas não era muito boa. Os seus poderes eram corriqueiros, comparados com as habilidades incríveis dos ícones de uniforme que povoam o Universo Marvel.
Numa cidade de maravilhas, Jessica Jones nunca encontrou um lugar que fosse só seu. Agora, transformada numa alcoólica auto-destrutiva com um terrível complexo de inferioridade, Jones é dona e única empregada das Investigações Alias - uma pequena empresa de investigações privadas especializada em casos de super-heróis. E quando ela descobre o segredo potencialmente explosivo da identidade verdadeira de um desses heróis, a vida de Jessica passa a estar em risco permanente. Mas o seu humor, charme e inteligência são a combinação perfeita, que talvez lhe permita sobreviver até ao fim desta aventura.

Brian Michael Bendis é um dos mais conhecidos argumentistas dos comics americanos, e um dos mais premiados, com cinco Prémios Eisner ganhos pelo seu trabalho na Marvel, e pelas suas séries independentes. Depois de ter assinado várias BDs policiais e de crime noir, Bendis começou a escrever para a Marvel, onde acabou por se tornar num dos principais arquitectos do Universo Marvel, e onde assinou algumas das suas maiores sagas (Ultimate Homem-Aranha, Dinastia de M, Invasão Secreta e muitas outras). Para além das sagas da Marvel, manteve também a sua série Powers durante largos anos.

Alias foi um dos seus primeiros trabalhos para a Marvel, e é geralmente aclamado como uma das séries em que Bendis manteve um cunho pessoal muito marcado e muita da sensibilidade da sua fase indy. Foi também a série que ajudou a estabelecer o selo Marvel MAX, para histórias com conteúdo mais gráfico e adulto (ficou célebre porque o primeiro balão da história contém um sonoro Fuck! que seria impensável noutras séries da Marvel). Em Alias, Bendis foi secundado por Michael Gaydos, outro artista que veio primariamente da cena independente, e que já assinou vários comics para as grandes editoras americanas, mantendo no entanto primariamente uma actividade como designer e pintor.


Alias é uma série sobre o outro lado da cortina e do palco, sobre o que acontece a um herói quando fica farto, e decide esquecer a parte do “super” do seu nome. É mais thriller e policial do que história de super-heróis. No primeiro volume da série encontraremos dois arcos de história distintos, um que se inicia quando Jessica Jones descobre involuntariamente a identidade secreta de um Vingador, e se vê envolvida numa conspiração ao mais alto nível, e outro em que ela parte em busca de Rick Jones e do segredo que ele esconde. Mas será ele o verdadeiro Jones, e serão eles aparentados... os Jones?

Reúne os números #1-9 de Alias. O segundo volume está previsto para o Outono.


Jessica Jones ALIAS volume 1
Brian Michael Gaydos (argumento) e Michael Gaydos (desenho)
216 páginas, cor, capa dura.
ISBN 978-84-16510-14-6
PVP: 14,99€



Boas leituras





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