terça-feira, 30 de agosto de 2016

Lançamento Kingpin Books: Rendez-Vous em Phoenix



A Kinpin publica mais um livro do mexicano Tony Sandoval
Depois de "As Serpentes de Água" e "Mil Tormentas" a Kingpin torna a apostar neste excelente autor, com o seu novo livro: Rendez-Vous em Phoenix

Como é referido na nota de imprensa, esta é uma obra autobiográfica sobre os tão actuais problemas da imigração. O autor é um excelente contador de histórias, possuindo um traço muito próprio e inimitável.

Por baixo da nota de imprensa têm um "retrato" bastante pormenorizado deste autor, escrito por Mário Freitas aquando da publicação de "Mil Tormentas" por esta editora portuguesa.



RENDEZ-VOUS EM PHOENIX
de Tony Sandoval

Nascido no noroeste do México, TONY SANDOVAL narra-nos a sua travessia clandestina da fronteira para os Estados Unidos. «RENDEZ-VOUS EM PHOENIX» é o relato autobiográfico de um jovem ingénuo e idealista em busca do sonho americano. Entre desventuras e encontros fortuitos, o autor apercebe-se da angústia e do medo daqueles que deixam o México em busca de um Eldorado.

Uma visão sentida e muito pessoal das agruras por que passam os migrantes ilegais, num registo bem diferente do universo fantástico do criador de «As Serpentes de Água» e «Mil Tormentas».

Capa dura, cores, 80 páginas
Dimensões: 19,5 x 27,5cm
ISBN: 978-989-8673-25-1


Retrato de Tony Sandoval por Mário Freitas
 (retirado de um post antigo sobre o autor)

Nascido há 42 anos na pequena cidade de Obregón, cedo o autor percebeu ser dotado de uma criatividade invulgar que o arrastava para construções narrativas bizarras que pululavam na sua cabeça. Parte para a Europa em meados da década passada e, influenciado pelas lendas e culto dos mortos tão comuns no seu país, por óbvios pastiches lovecraftianos e pelos acordes pesados da música que o inspira, inicia em Barcelona a sua colaboração com editoras espanholas, lançando as primeiras edições de El Cadáver y El Sofá e Nocturno, onde a sua obsessão pela morte e pela libertação do espírito criativo se tornam desde logo marcantes.

Em Paris, conhece o suiço Pierre Paquet, seu editor desde então, que dá a conhecer as obras de Sandoval ao público franco-belga. Em 2010, juntos colaboram em Un Regard Par-dessu L'Épaule, escrito por Paquet, num dos raros casos em que o autor mexicano ilustra uma história de outrem. Já com a reputação cimentada, é em 2012 que desponta para o estrelato com a nomeação de Doom Boy (Paquet, 2011) para o Grande Prémio de Angoulême, ano que marca também a sua primeira visita a Portugal, por ocasião da 3ª edição do Festival AniComics Lisboa, em Maio. Doom Boy sedimenta a maturidade artística atingida com Les Bêtises de Xenoxiphérox (Paquet, 2011), reforçando a simbiose entre o traço fino e solto a caneta e as cores suaves aguareladas que lhe dão corpo. Uma arte invulgar, única, feita de corpos esguios, fluídos como um líquido e dotados de enormes cabeças ovais e expressivas; um estilo singular, peculiar, dificilmente colável a influências evidentes e verdadeiro sinónimo de um artista ímpar. A história de ID, um jovem guitarrista mediano que se vê subitamente tocado por um talento divino, não parece diferir em muito da Marta de Les Bêtises... que faz um pacto com uma bruxa em troca de aptidões literárias. Porém, no que a decisão de Marta acaba por libertar o inevitável mal extra-dimensional das histórias de Sandoval (por muito que, neste caso, a personificação do mal seja uma criatura ridícula semelhante a uma pequena baleia voadora) com consequências devastadoras para a própria e para os que a rodeiam, a estrela que se acende em ID despoleta aquele que é, talvez e paradoxalmente, o menos apocalíptico dos livros do mexicano. A partir da premissa clássica da morte como catalisador, Doom Boy reflecte a "explosão" de ID como catarse do desaparecimento prematuro da sua amiga Anny, transformando-o numa lenda urbana do Doom Metal (a tal inspiração musical predominante do trabalho de Sandoval), um génio incógnito cujas gravações seminais se propagam e mitificam de ouvido em ouvido. O talento como alma eterna.


Em 2014, As Serpentes de Água marca a estreia da edição em português do autor (então a viver em Berlim) e o seu regresso a Portugal, por ocasião do lançamento do livro no Festival Internacional de BD de Beja. Mais do que qualquer outra das suas obras, As Serpentes de Água sintetiza as temáticas recorrentes das obras de Sandoval. O Rei belo de uma das facções do domínio da imaginação é aprisionado pelos seus opositores e transformado num polvo negro que esperará uma eternidade pela salvação; pela recuperação da verdadeira forma; pelo reacender da centelha da criatividade. Presentes em boa parte dos livros de Sandoval e símbolo comercial da colecção Calamari que o próprio dirige na Paquet, os cefalópedes assumem-se aqui, em definitivo, como Reis no gatilho criativo do mexicano. As Serpentes de Água é um clássico “coming of age”, um livro sobre o amadurecimento e libertação sexual, um grito libertador contra as grilhetas que o mundano e as pessoas comuns impõem aos espíritos livres. Mila é uma menina especial capaz de ver Agnès, aparentemente morta há 11 anos, mas que estará afinal prisioneira na dimensão alternativa da imaginação em que tanto da narrativa clássica de Sandoval se desenrola. Esta dimensão onírica, lar de anjos e demónios e palco de guerras milenares entre o Céu e a Terra, mais não é que o espaço privilegiado de cada personagem no seu combate pela individualidade, pela fuga à banalidade que tanto da realidade e dos seus protagonistas encerram.

Em Mil Tormentas (Kingpin Books, 2015, em estreia mundial simultânea com as editoras espanhola, italiana, suíça e polaca), o autor reforça a unicidade do seu universo autoral, cruzando subtilmente referências dos seus últimos livros e praticamente revelando que o domínio da imaginação (onde residem o “céu” e o “inferno”, consoante as crenças de cada um) é um, e um só, em todas as suas histórias. À semelhança de Mila, Lisa é uma adolescente solitária com uma obsessão coleccionista que desperta a desconfiança e a crueldade das outras crianças, e uma curiosidade inerente que a mergulhará na tal dimensão alternativa, onde sonho e realidade, vida e morte, se misturam e confundem. O equilíbrio é precário, e entre roubos compulsivos e oferendas de paz, a conclusão das narrativas de Sandoval aponta muitas vezes para o apaziguar dos demónios internos, mais até do que dos ficcionados. Não será por acaso que os protagonistas das suas histórias são, em regra, adolescentes e jovens adultos diferentes ou solitários que se debatem com as angústias e dúvidas existenciais típicas da idade. A excepção a esta regra surge em Les Échos Invisibles - editado em 2 volumes e em que a história e layouts de Tony Sandoval são servidos pela belíssima arte da italiana Grazia LaPadula – onde o protagonista, Baltus, é um fotógrafo de cerca de 40 anos, cuja vida desaba após a morte prematura da sua mulher. Mais uma vez, a morte servirá de catalisador para a descoberta de um dom, que colocará o protagonista em rota de colisão com as expectativas e perspectivas comuns sobre a vida, sobre a morte e sobre potenciais renascimentos, reais ou criativos.

Em termos artísticos, o recente Mil Tormentas é menos denso que o seu antecessor, predominando a caneta e suaves cores pastel, pontuadas apenas, aqui e ali, pelas aguarelas clássicas de Sandoval. Esta flexibilidade visual das suas obras contribui para o reforço de uma sensação de desconforto, de incerteza, quer para as suas personagens, quer para o próprio leitor, bastas vezes prisioneiros numa fina, quase imperceptível, membrana entre o sonho e a realidade. Aliás, procurar uma lógica narrativa nas histórias de Sandoval torna-se um exercício inútil. A sua abordagem insere-se antes em fogachos de sensações, em pinceladas de intenções, com uma leitura e coerência interna muito próprias que caberá ao leitor decifrar. Sandoval não é David Lynch, mas partilha com o cineasta a intercepção rotineira entre a realidade e o sonho, entre o presente narrativo e saltos temporais nem sempre perceptíveis numa primeira leitura. Mas no que Lynch é intenção, é ciência calculada, Sandoval é instinto, é pureza narrativa.

Tony Sandoval respira arte. Diria que também a transpira por todos os poros. Compartilhar com ele uma qualquer mesa de café ou restaurante é vê-lo, inevitavelmente, a rabiscar algo de belo no seu inseparável bloco de notas ou até numa toalha de mesa de papel. Se a sua infindável criatividade é o alicerce da sua arte, as pinceladas a aguarela, a café, ou até a cerveja, são a palete que dá cor a cada momento da sua existência terrena. Porque Tony sabe que um dia o seu corpo partirá, mas a sua alma e o seu talento permanecerão ad aeternum na tal dimensão conturbada da imaginação, prontos a dar mão a criadores hesitantes, que anseiem ou desesperem, até, por uma qualquer inspiração divina.

Texto: Mário Freitas




Boas leituras





domingo, 28 de agosto de 2016

Star Trek: Além do Universo
Star Trek Beyond



Terceiro filme da nova série cinemática Stark Trek em exibição em Portugal
Depois de Star Trek e Star Trek Into the Darkness surge mais um filme da mítica franquia criada por Gene Roddenberry em 1966. Podem ler mais sobre a génese desta série num artigo que escrevi para o excelente e popular blogue Ainda Sou do Tempo... no link em baixo:
... de Star Trek o Caminho das Estrelas (série TV)

Este novo filme  tem como director Justin Lin (Velocidade Furiosa), substituindo J.J. Abrams nesta função, embora este continue como produtor. O elenco principal continua o mesmo embora, e infelizmente, o actor que representava o navegador Pavel Chekov tenha falecido em Junho deste ano. O actor era  Anton Yelchin.

O trabalho de Lin como director aproxima-se bastante do de Abrams, o que provoca uma verdadeira sensação de continuação na série, embora haja algumas diferenças na aproximação a algumas das personagens, e claro, tem a ver bastante com algumas diferenças no foco do argumento em relação à visibilidade, ou proeminência, das personagens principais.

Este filme insere-se bastante bem na tradição Star Trek, humor, piscar de olho a muitas cenas do passado, filosofia barata, imagens e cenário brutais. Por vezes um bocado cheesy, mas é mesmo assim!

A grande força, e onde eu acho que este filme bate os anteriores, é o desfoco da quase toda a acção no Cpt. Kirk. Nos filmes anteriores toda a acção era centrada nesta personagem e isso acho que deixava o filme muito plano... as outras personagens eram apenas coadjuvantes e quase decorativas. Neste filme não é bem assim. Não tenham medo que não vou falar aqui sequer do plot, ou de alguns pormenores que se passam no filme para evitar qualquer spoiler.

Depois de uma cena brutal de ataque à Enterprise (visualmente está o máximo) o grupo separa-se em três com a acção bem repartida entre todos, o que provoca imediatamente um desenvolvimento muito maior de todas as personagens envolvidas. E foi uma aposta ganha. O filme tornou-se muito mais forte assim, deixando o Kirk dos filmes passados (um jovem adrenalina-dependente) a ter de dividir com todos a acção.
E já agora... acho que Spock continua a ser a personagem menos conseguida nestes filmes.


A nova personagem Jaylah integrou-se perfeitamente, e sem pisar aqueles terrenos fáceis do aproveitamento da mulher guerreira sexy. Foi tudo usado em doses qb sem sexualizar em demasia, e sem fazer dela uma super-mulher guerreira.
É nesta personagem que acontece algo que não é tradicional na mitologia Star Trek. Por norma a maquilhagem para aliens neste universo é feito através de prostéticos, e não de pintura facial, ou corporal. Pois aqui aconteceu, e já agora... parecido demais com a personagem Caiera do livro Planeta Hulk.

O vilão.
Krall é um vilão. Mau como as cobras. Feio. Forte. E quer destruir tudo.
Mas é nele que falham algumas coisas. Nunca é bem explicado a motivação para tal, nem no final. Nunca foi bem trabalhado no desenvolvimento emocional ou psicológico, e é uma pena porque tinha potencial para ser mesmo um badass em toda a plenitude, mas faltou-lhe a profundidade para isso.


O final... bem, podemos dividir em duas partes o final deste filme. Na primeira o visual é apoteótico, mas sinceramente bastante WTF?. Na segunda, não enche tanto o olho, mas pelo menos faz algum sentido...
Já agora, foi um bom pormenor a homenagem que se fez a Nimoy/Spock, e da menção durante os créditos ao actor falecido, Anton Yelchin.



Gostei bastante do filme, sem ser excepcional, integra-se bem na tradição da série e não deixa nódoa no legado de Roddenberry.


Boas leituras





sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Lançamento Levoir: Luna Park
Colecção Novela Gráfica



Saiu 5ª feira passada mais um volume da colecção Novela Gráfica publicada pela Levoir.

Luna Park




Kevin Baker e Danijel Žeželj, no seu primeiro trabalho conjunto.
Ilustrador, autor de BD e artista multimédia, o croata Danijel Žeželj tem dividido a sua carreira entre os EUA e a Europa, emprestando o seu traço único a histórias como este policial com um toque fantasmagórico, que assinala a estreia na banda desenhada do prestigiado escritor americano Kevin Baker. Autor de romances históricos de sucesso, cuja acção se centra nos finais do século 19, Baker revisita aqui os locais de Coney Island e Nova Iorque que pôs em cena na sua obra de maior sucesso, Dreamland.

Alik Strelnikov vive na sombra de Coney Island, um mundo de passeios silenciosos e parques de diversões enferrujados, que ridicularizam os seus sonhos de se tornar um herói. Há dez anos, trocou uma existência brutal no exército Russo pela promessa de se tornar um executor da máf­ia de Brooklyn, mas as suas noites são atormentadas por pesadelos em que as atrocidades a que assistiu na Chechénia se misturam com visões alternativas do passado, que terminam sempre da mesma forma trágica. Na sua estreia na BD, o popular escritor Kevin Baker, alia-se ao ilustrador croata Danijel Zezelj, para criar uma novela gráf­ica perturbadora, que marca o regresso de Baker a Coney Island, cenário da sua aclamada trilogia Dreamland.








Boas leituras






quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Daytripper
Colecção Novela Gráfica Vol.10



Podemos morrer em qualquer momento da nossa vida. É um facto.
Não importa de quê, ou como, ou se poderia ser diferente!
Eu posso cair neste momento com a cabeça em cima do teclado e ficar apenas com estas linhas escritas.

A Levoir publicou hoje em edição de capa dura e bom papel, na sua colecção "Novela Gráfica", um dos livros da minha vida: Daytripper!
Saiu para as bancas e quiosques por menos de 10€, e eu acho inaceitável qualquer pessoa que goste de BD não o adquirir. :D
Claro que estou a brincar. As pessoas não são obrigadas a gostar deste excelente livro ;)

Daytripper é um conjunto de histórias que termina sempre da mesma maneira. Com a morte de Brás de Oliva Domingos.
Tenho de confessar que quando li este livro tempos atrás fiquei perplexo quando ele morreu a primeira vez… a minha exclamação foi um forte “WTF?”
Bom, ainda não tinha entrado mesmo no livro. Esta história de Brás Domingos é na realidade uma manta de retalhos de vida, imbuída de um profundo humanismo.

Penso que este foi o primeiro trabalho de grande fôlego dos gémeos brasileiros Fábio Moon e Gabriel Bá juntos. Originalmente publicado pela Vertigo em 2011, imediatamente granjeou várias e excelentes críticas a este seu livro de Banda Desenhada. A Panini também publicou esta obra em 2011, e em que algumas sobras em mau estado chegaram aqui aos quiosques portugueses, daí eu ter ficado extremamente feliz com a publicação de luxo deste livro pela Levoir.

Quero abrir aqui um parêntesis para falar da tradução.
Em primeiro lugar nem sequer coloco em causa a qualidade da tradução, não é esse o meu foco sobre este assunto. O Pedro Cleto deverá ter feito um bom trabalho com certeza, não estive a comparar um livro com o outro página a página para ver se estava bem.
Mas... porquê traduzir um livro em português? Sim, o livro da edição brasileira está em português ou não? Vamos traduzir de português para português? Vamos traduzir os livros do autores regionais portugueses (Alentejo, Açores, Beira Interior... por exemplo) porque têm sotaque? Vamos perder a riqueza da diversidade do português porque carga d'água? Eu sou um indefectível detractor do "Acordo Ortográfico", sou a favor da riqueza do português e isto que fizeram não tem nexo nenhum na minha humilde opinião. Eu estava para dar a minha cópia miserável da Panini, mas já não a vou dar! Vou ficar com os dois.

Passando ao que importa neste momento.
Brás vive, e morre, em diversas fases da sua vida. Desde a infância até à velhice.
A narrativa é fracturada, em segundas chances, possibilidades diferentes que agarrando-as ou não, influenciam toda uma vida.
Este é um livro sobre afectos também. Não só os afectos familiares como também o amor-próprio e a procura do nosso “eu”.

Brás passa por diversas fases diferentes, como se de um multiverso se tratasse. Mas existem âncoras. Brás é sempre escritor, seja de obituários para um jornal ou de autor de best-sellers de literatura. O pai de Brás é sempre um escritor famoso, outra das constantes.
A partir daqui Brás experimenta a vida, a maior parte das vezes com o seu amigo Jorge, e claro, sempre diferente.
Jorge é o homem que agarra a vida, e tudo aquilo que ela possa oferecer, com as duas mãos. Ele é a vida! Mas… há sempre um cenário possível onde isso pode correr mal.

As mulheres de Brás. Várias com comportamentos diferentes, consoante a realidade fracturada. Existe uma que se destaca, o grande amor da sua vida que apenas surge mais tarde! Aquela que o compreende, até na morte final.

Morte final… é um nome estranho para dar à morte, mas não arranjei melhor!
O último capítulo é lindo. Não podia haver melhor final para este livros de chances de vida. Afinal está ali tudo resumido… tudo o que importa na vida! Após as modificações radicais na vida de Brás, e dos ciclos que terminam sempre com a sua morte, o final é uma lição de vida e a vida é um suceder sucessivo de pequenos nadas imperceptíveis, mas que acabam por mudar fatalmente tudo os que nos rodeia.
É impossível não aparecer uma lágrima no canto do olho!

Grande trabalho destes dois irmãos, um grande exercício de escrita e de narrativa gráfica. A arte está em completa consonância com a história, e adorei as cores. Achei a paleta de cores o máximo, sempre diferente de capítulo para capítulo!

É claro que não vou penalizar o livro por ter sido traduzido...
Como disse no início, é um dos livros da minha vida, profundo e muito bem estruturado, parabéns à Levoir por o ter publicado, mas não por o ter "traduzido".





Boas leituras


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Lançamento G.Floy: Fatale Vol.5 - Amaldiçoa o Demónio



E está aí a conclusão de uma grande série de crime noir da actualidade: Fatale!
Já agora... mais uma lindíssima capa nesta série ;)



FATALE Volume CINCO
AMALDIÇOA O DEMÓNIO

O volume final de uma das mais aclamadas séries da actualidade!

Nicholas Lash encontrou por fim Josephine, a mulher que lhe destruiu a vida, e lhe custou a perna e parte da sua sanidade mental. Mas, agora, ela quer que ele a ajude numa missão ainda mais perigosa, a sua última oportunidade de escapar a um destino terrível, e a que talvez nenhum deles sobreviva.

A conclusão de FATALE, a saga de horror cósmico, cultos sexuais e crime noir, e de uma Mulher Fatal imortal em fuga há séculos... o quinto e último volume da obra-prima de Ed Brubaker e Sean Phillips.


Ed Brubaker, um dos maiores argumentistas de banda desenhada americana, e autor de, entre outros, Capitão América: O Soldado do Inverno, junta-se a um dos mais talentosos artistas britânicos, Sean Phillips, para assinar esta história em que terror e policial negro colidem num dos mais aclamados comics actuais. Nomeada para cinco Eisners (incluindo Melhor Série Nova, Melhor Argumento, e Melhor Desenho), a série ganhou também o Eisner para as Melhores Cores, pelo trabalho de Dave Stewart.

“Os livros do Brubaker e do Phillips estão sempre uns oito anos à frente do seu tempo.”
- Brian K. Vaughan (criador de SAGA e Y the Last Man)

Reúne os números #20-24 de Fatale


FATALE
Volume 5: Amaldiçoa o Demónio
Ed Brubaker - Sean Phillips
152 páginas, cor, capa dura.
ISBN: 978-84-16510-16-0
PVP: 10,99€

Para ter mais informação sobre o início desta série podem visitar os seguintes links:
Lançamento G.Floy: Fatale Vol.1
Lançamento G.Floy: Fatale Vol.2
Lançamento G.Floy: Fatale Vol.3

A capa do volume 4 da série fica para fechar este post :)




Boas leituras


 

sábado, 6 de agosto de 2016

Cinema: Suicide Squad (Esquadrão Suicida)



Spoilers Free! Este texto não tem Spoilers.

Suicide Squad estreou em Portugal há poucos dias. Um filme que eu aguardava com bastante expectativa.


Como é que eu posso dizer… ok, não comi pipocas, mas é um filme apenas para isso mesmo, foi uma tarde ocupada com algo despreocupado, despreocupado demais para as minhas expectativas.

Os filmes de heróis de 2ª linha não tem estado a sair mal na Marvel e na própria DC com as séries (e depois do fracasso do Green Lantern) decidiu agarrar esta equipa mítica com o objectivo de alavancar o seu universo cinemático.

Depois do excelente trabalho que a DC tem tido nas séries (Arrow, Flash, Gotham, e até a Supergirl) era expectável que num filme sem grandes pressões como o Esquadrão Suicida a receita funcionasse também. Mas não foi bem assim…

Primeiro… um excelente casting para a Harley Quinn, Deadshot e El Diablo. Katana não esteve mal, assim como a própria Enchantress e o Boomerang. De resto acho que o Killer Croc é desnecessário…

Segundo… os cameos foram engraçados e tal…


Terceiro… o Joker. O Joker tem um problema: Heath Ledger. Achei o Joker de Jared Leto muito forçado, a acusar ser o primeiro Joker no cinema depois do de Ledger, e acho que isso se sentiu bastante.


Quarto… a legendagem portuguesa retira logo à partida grande parte da “piada” do filme. E isto o filme em si não tem culpa.

Achei a história mal construída e forçada. O argumento é muito pobre (e eu não exijo grandes argumentos a este tipo de filme), basicamente muita porrada num filme do género “origens”.
Salva o filme a Harley Quinn e o Deadshot, para mim o melhor do filme, assim como El Diablo. A Katana podia ter sido bem melhor, tem história para isso, assim como o Boomerang.
Rick Flag, enfim, não brilhou mas também… com aquele argumento não seria fácil.


Amanda Waller, não sei o que pensar. Não sei se gostei ou não! LOL

No final e como conclusão. Vão ver descontraidamente, mas não esperem grande coisa do fio de história. Comprem umas pipocas e divirtam-se. Como disse atrás, a Margot Robbie (Harley Quinn) e Will Smith (Deadshot) valem a pena!



Como repararam não contei nada sobre o filme ^_^
Se quiserem saber mais sobre este grupo vejam estes dois links:

Boas leituras



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